Através de levantamentos realizados durante as chuvas, foram perdidos cerca de sete mil litros de leite, visto que, na região, são produzidos nove mil litros/dia.
Desde às primeiras chamadas de socorro, na noite de 1º de janeiro, a Defesa Civil notou que a situação era atípica e grave, devido à extensão dos danos, em especial no distrito de Visconde de Imbé, onde existem, na localidade de Pinheiro, moradias de alto risco há mais de 23 anos.
Na região de Barra dos Passos, o rio que corta a localidade transbordou, levando perigo e invadindo ruas e residências.
Na localidade de Lagoinha, muitas barreiras interromperam estradas. A invasão das águas de vários córregos atingiu estradas e causou a paralisação do trânsito no local, deixando muitos moradores isolados. Retiro, São Lourenço, São Caetano e São Francisco foram localidades muito afetadas e isoladas com as chuvas. As estradas foram destruídas com barreiras. Moradores ficaram sem energia elétrica e água potável por vários dias.
A Prefeitura preparou um ofício, entregue diretamente ao chefe de Gabinete da Secretaria Nacional de Defesa Civil. O órgão, depois dos relatos de gravidade do bairro Pinheiro, determinou que fosse feito um levantamento geológico mais detalhado em Visconde de Imbé, requisitando dois geólogos, que, no dia seguinte, estiveram no distrito.
Em 5 de Janeiro, geólogos do Departamento de Recursos Minerais do Estado (DRM) também analisaram as condições de ocupação do bairro Pinheiro, a fim de produzir um relatório emergencial da situação, dando maior sustentabilidade nas medidas de obtenção de recursos. A situação de emergência apresentada pelo município já foi homologada pelo Governo do Estado.
Maior índice pluviométrico foi em Visconde de Imbé
Segundo a Defesa Civil, toda a insegurança causada pelas chuvas aconteceu pelo alto índice pluviométrico que o município recebeu logo no início do ano de 2012. Em 50 anos, as estações de medidas dos índices de águas de chuvas, instaladas no distrito pelo Governo Federal, não registravam índice pluviométrico tão grande. Em 2 de janeiro, foram registrados exatos 98 milímetros. No acumulado de 72 horas, do dia 1º ao dia 3 de janeiro, a região apresentou 174 milímetros, apresentando quadro emergencial.
Semana passado, foi apresentado um relatório. Num primeiro momento, duas mil pessoas ficaram isoladas por causa das estradas, pontes e outros acessos destruídos. Uma escola recentemente reformada foi atingida em Penedo. Um poste caído interrompeu o fornecimento de energia elétrica a diversas propriedades. Vinte e cinco pessoas ficaram desabrigadas e desalojados.
De acordo com o relatório da Defesa Civil de Trajano de Moraes, o número de casas atingidas chegou a 35 danificadas e outras sete destruídas. Pelo menos 12 estradas vicinais, que cortam toda a extensa zona rural do município, foram também destruídas, com duas pontes totalmente danificadas.