JR) Como foi assumir o cargo de prefeito, com o afastamento de Affonso Monnerat, durante a tragédia das chuvas no ano passado?
PB – Sem dúvida, a assunção do cargo nas circunstâncias em que se deu impôs um plus a mais de dificuldades. Eu não esperava assumir, muito menos num momento em que o município passava pela pior crise de sua história. Tive que assumir o governo e gerenciar os efeitos de uma catástrofe sem precedentes, que impôs enormes sacrifícios à população de nossa cidade.
JR) Passado um ano, como está o município de Bom Jardim?
PB – Ainda temos problemas e sofremos as consequências da tragédia, contudo, efetivamente, Bom Jardim está em muito melhores condições que os outros municípios também afetados. Um dos nossos maiores problemas foi a destruição da ponte da RJ-116, que isolou a nossa cidade. Felizmente, ela já está pronta e o trânsito normalizado. As vias prejudicadas pelo trânsito pesado estão em fase de conclusão das reformas. A população foi amplamente assistida, e as obras não param. Entregamos importantes obras, como a Escola César Monteiro, no Alto de São José, ampliação de escola, Galpão Cultural, e entregaremos o cinema, totalmente reformado, com equipamentos de alta tecnologia, uma nova creche para o bairro Jardim Boa Esperança, assim como obras de infraestrutura. Tudo isso, para melhorar a qualidade de vida do bonjardinense e entregar, no fim do ano, um município reconstruído.
3) Com Affonso Monnerat ocupando um cargo no Governo do Estado, isso tem facilitado a liberação de recursos e realização de obras no município?
PB – A atuação de Affonso (Monnerat) junto ao Governo do Estado tem sido fundamental para a superação da crise em nosso município, bem como para todos os envolvidos, afinal, ele é o secretário da Reconstrução Regional e, sendo oriundo da região, tem profundo conhecimento da crise e um excelente trânsito junto ao Governo do Estado.
4) Considerando que Paulo Barros já foi prefeito de Bom Jardim e ter aceitado a função de vice-prefeito, e, por definição do destino, voltar a assumir a Prefeitura, como explica a relação com Affonso Monnerat, quando é quase uma normalidade o vice brigar com o prefeito?
PB – Nunca tive qualquer problema em ter sido prefeito e, depois, assumido a posição de vice. Meu objetivo sempre foi o de servir à minha população, não importando o cargo que estivesse ocupando. Com relação à convivência com Affonso (Monnerat), sempre foi a melhor possível, sempre trabalhamos em parceria e visando o progresso de nossa cidade. Todas as decisões eram tomadas em conjunto, tudo sempre foi discutido.
5) E quanto à eleição de outubro? Será candidato à reeleição? Não existe impedimento na legislação eleitoral para sua candidatura, já que ocupava cargo no Executivo (vice e agora prefeito)?
PB – Meu nome encontra-se à disposição, mas essa é uma decisão que compete ao partido. E, neste momento, não estou preocupado com o processo eleitoral, acho precoce. Meu objetivo e concluir a superação da crise e entregar as obras que estão em andamento à população. Lembro que o município não parou, continuamos trabalhando e entregando uma grande quantidade de obras aos bonjardinenses. Não existe impedimento algum para a minha reeleição, afinal, ocupava anteriormente o cargo de vice e, caso venha como candidato a prefeito, será uma tentativa de reeleição.
JR) E a ponte de Bom Jardim, na RJ-116? Quando será inaugurada oficialmente, já que foi liberada para o tráfego de veículos?
PB – A inauguração oficial é apenas uma formalidade, pode acontecer ou não. Nosso objetivo era entregar a ponte à população e minimizar os transtornos que sua falta fez a Bom Jardim e toda a região.
JR) Como é o relacionamento do Executivo Municipal com os vereadores de Bom Jardim?
PB – O relacionamento do Executivo com os vereadores é excelente. Sempre houve uma parceria, um comprometimento da Câmara com o desenvolvimento de Bom Jardim. Este sempre foi o objetivo maior e sempre pairou acima de interesses políticos partidários. A oposição exercida por duas vereadoras não impediu de votarem como governo nas matérias realmente importantes para o município. As divergências observadas têm cunho eleitoral e visam demarcar posição.
JR) Quanto o Estado liberou de recursos para Bom Jardim?
PB – O Governo do Estado enviou ao município R$ 500 mil para uso emergencial específico na área da saúde, além de diversas obras executadas por ele, que não entram nesse envio de verbas.
JR) A Prefeitura de Bom Jardim é a que mais libera recursos para o hospital da cidade na região. Por que tomou esta decisão?
PB – Os governos de Affonso (Monnerat) e o meu assumiram um compromisso com a população de prestar um atendimento adequado, com qualidade; de fazer o nosso hospital voltar a ser uma referência na região. E conseguimos, porém a saúde tem um custo elevado e, em razão da melhora excepcional da qualidade de nosso hospital, acabamos atendendo uma demanda externa, de outros municípios vizinhos, o que acarreta a liberação de mais recursos para sua manutenção.
JR) Uma mensagem ao povo de Bom Jardim, que comemora 119 anos de emancipação?
PB – A mensagem à população é de esperança em dias cada vez melhores e o compromisso que assumo de continuar despendendo nossos melhores esforços no sentido de continuar trabalhando para o engrandecimento de nossa cidade.