No início de maio, estarão disponíveis as primeiras prévias do levantamento que representará uma radiografia do PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio fluminense. O trabalho, realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Fundação Agrária Luiz de Queiroz – Esalq/USP) e contratado pela Faerj (Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro), com interveniência da Secretaria Estadual de Agricultura, pretende demonstrar que o PIB do segmento no estado é muito maior do que o divulgado, que leva em consideração apenas as atividades “dentro da porteira”.
A metodologia utilizada pelo Cepea, que já realiza esse tipo de trabalho em nível Brasil para a CNA (Confederação Nacional de Agricultura), apura o quanto cada elo das cadeias produtivas envolvidas com a atividade agrega de valor para o todo. No resultado final, são contabilizados tanto os números da agropecuária (dentro das propriedades rurais) quanto os das atividades a ela diretamente relacionadas, tais como, insumos para produção, indústria e distribuição do setor.
– Queremos provar a importância do agronegócio no Rio de Janeiro, permitindo melhor posicionamento das políticas públicas para a agropecuária – afirmou o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, ressaltando que a pequena extensão territorial fluminense impede que o PIB computado apenas “dentro da porteira” tenha expressão relativa de grande importância frente às atividades de petróleo e serviços em geral.
Ele acrescenta que o estudo irá demonstrar que conjunto das cadeias do agronegócio tem participação muito mais expressiva no PIB estadual do que aparece nos levantamentos tradicionais. Com a nova metodologia o número estadual deverá sair de 1,2% para um patamar acima de 10%, podendo chegar até a 20% do PIB do estado.
No último dia 27 de fevereiro, o subsecretário de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, Alberto Mofati, e os presidentes das empresas vinculadas Emater-Rio e Pesagro-Rio, estiveram reunidos com o coordenador e responsável pela metodologia de apuração do Cepea, Geraldo Sant’ana Barros, e sua equipe para as adequações da metodologia à realidade fluminense. Na ocasião, foram disponibilizados para o Cepea os levantamentos relacionados a produção e preços, realizados pela Emater-Rio e Pesagro.