Prefeitura de Bom Jardim modifica tratamento de lixo no município

Objetivo do projeto é se enquadrar à Política Nacional de Resíduos Sólidos

Visando aprimorar sua gestão e atender as diretrizes da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada pela lei 12.305, aprovada no final de 2010, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bom Jardim pesquisou modelos de tratamento de lixo. A Prefeitura de Bom Jardim iniciou mudanças de todo o processo de gerenciamento de lixo, começando por obras de reforma e adequação emergencial da usina de triagem desativada.

Além de intervenções físicas, as mudanças se estenderam aos serviços. Para cumprimento de destinação correta, novo contrato específico foi firmado para incineração dos resíduos de saúde e hospitalar, tanto da rede pública de saúde quanto da particular, atendendo a postos, consultórios e clínicas. Quanto ao serviço de coleta de lixo domiciliar, também foi aprimorado, mesmo já sendo reconhecido pelo Governo do Estado como eficiente, abrangendo quase a totalidade do município e recolhendo uma média de 26 toneladas ao dia.

A maior e mais relevante mudança foi a retomada do serviço de triagem e reciclagem. Hoje, Bom Jardim possui mais de 30 de pessoas envolvidas nas operações relativas a lixo. Estima-se que o Brasil produza cerca de 240 mil toneladas de lixo ao dia e, deste volume, cerca de 73 mil toneladas são de resíduos recicláveis não aproveitados. Em valores monetários, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), isso equivale à perda de R$ 8 bilhões por ano.

Para a Prefeitura, neste momento de consolidação de uma nova proposta de gestão de resíduos, quando o poder público mostrou progressos, será de fundamental importância contar com o comprometimento de quem sempre demandou por projetos de coleta seletiva e reciclagem, a sociedade. Só assim será possível obter novos sucessos.

Para ser um participante ativo da campanha, o cidadão só precisa dar o primeiro passo da reciclagem, que é a separação do lixo em casa da forma mais simples, isolando o lixo seco do molhado. Isso facilita o trabalho dos catadores, que conseguem recolher maior quantidade de material reaproveitável, mais limpo e mais valorizado comercialmente.

Os coletores seletivos urbanos, as lixeirinhas, que estão sendo instaladas nos locais de maior circulação de pessoas, como praças, logradouros e vias públicas do Centro da cidade, também fazem parte desta nova política ambiental. As novas lixeiras seletivas atendem restritamente ao objetivo de separação e coleta de pequenos resíduos gerados pelos pedestres e foram dispostas distantes de residências, justamente para não serem confundidas com depósitos de lixo doméstico. Elas estampam textos que fazem referência a dois apelos importantes: o primeiro, que a população contribua com o município separando seu lixo em casa e, o segundo, que a população respeite os horários de coleta estimados para cada comunidade. Prevendo que este cronograma talvez não seja de conhecimento de todos, a Prefeitura providenciou, em seu portal na internet, relação com frequência e os horários da coleta domiciliar.

Fabricadas sobre encomenda em Ipatinga (MG), as lixeiras são integralmente compostas de metalão, com pintura automotiva, caçambas basculantes e travas de segurança. Seu formato e estampa exclusiva, pensado pela Prefeitura, buscam seguir tendência da campanha nacional ‘Separe o Lixo e Acerte na Lata’, dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social.

A iniciativa da campanha reforça a PNRS, que prevê a desativação dos lixões até 2014, implantação da coleta seletiva e reciclagem, assim garantindo que aterros sanitários deverão receber apenas aquilo que não pode mais ser reciclado.

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