SENAI entra na lista da Forbes dos 10 maiores doadores durante pandemia

SENAI entra na lista da Forbes dos 10 maiores doadores durante pandemia
SENAI entra na lista da Forbes dos 10 maiores doadores durante pandemia

Desde que os primeiros casos do novo coronavírus começaram a despontar no Brasil, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) iniciou uma grande mobilização para minimizar os danos causados pela doença. Ainda sem saber como a pandemia afetaria a saúde e a economia brasileira, o SENAI e as indústrias brasileiras se adiantaram e investiram em equipamentos de proteção individual (EPIs), em aparelhos respiratórios e na recuperação econômica, ajudando na adaptação das linhas de produção.

O resultado desse esforço veio em forma de reconhecimento nacional: o SENAI entrou na lista da Forbes, revista mais conceituada de negócios e economia do mundo, como um dos dez maiores doadores do país para ações de enfrentamento à pandemia.

O reconhecimento da Forbes ao trabalho do SENAI é uma enorme honra. Mais no sentido de responsabilidade do SENAI, que é uma das maiores instituições de educação profissional do mundo e de apoio à inovação da indústria brasileira”, avalia o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.

lista da Forbes dos 10 maiores doadores durante pandemia
lista da Forbes dos 10 maiores doadores durante pandemia

A publicação da Forbes aponta que as dez empresas que mais doaram recursos investiram R$ 5,4 bilhões em iniciativas de combate à doença. O SENAI ficou em oitavo lugar, com R$ 63 milhões destinados a ações conjuntas com as indústrias. As atividades foram coordenadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo SENAI, que mobilizaram 380 indústrias de diversos portes, além de entidades representativas e federações estaduais do setor.

Lucchesi garante que o sentimento do SENAI foi movido pela solidariedade e pela união nacional, especialmente em um momento como esse de pandemia. “O SENAI não mediu esforços em ações como manutenção de respiradores e criação de consórcios para ampliar a produção brasileira desses aparelhos, além de apoiar inovações de soluções tecnológicas que ampliaram a produção nacional de testes rápidos. Criou um conjunto de iniciativas para produzir e doar vários equipamentos, desde álcool em gel, passando por máscaras comuns, máscaras cirúrgicas, aventais, luvas”, enumera.

Entre 15 de abril e 1º de junho deste ano, já tinham disso confeccionadas mais de 20 milhões de máscaras cirúrgicas, 15,3 milhões de máscaras de uso comum, como as descartáveis e de tecido, e 365 mil máscaras-escudo (ou face shield). A grande produção de EPIs foi possível também por conta das parcerias firmadas entre empresas e SENAI. Até agora, o apoio do setor industrial em ações contra o novo coronavírus já somam R$ 388 milhões.

A ajuda, como revela o médico e diretor do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), José Hipólito Dantas, foi muito bem-vinda no Rio Grande do Norte. A unidade de saúde, pertencente à Universidade Federal do estado (UFRN), recebeu máscaras-escudo do SENAI. Em alguns lugares, um exemplar chega a custar R$ 40. “Recebemos com muita satisfação a doação do equipamento. Ele é tido como essencial nessa época, ajudou cerca de 100 colaboradores nas tarefas diárias”, conta.

Com o aporte do SENAI, foi possível também investir no reparo e manutenção de máquinas com defeito, como ventiladores pulmonares, essenciais para pacientes infectados e com dificuldade em respirar. Segundo dados da CNI, a rede + Manutenção de Respiradores recebeu quase 3,5 mil equipamentos, sendo que 1,3 mil foram consertados e devolvidos para unidades de saúde de 233 municípios brasileiros. Os que estavam sem uso foram reparados em um dos 40 postos localizados pelo Brasil.

O instrutor de Eletrotécnica do SENAI de Taguatinga (DF) Flávio Chiapetti comemora o desafio de ter ajudado muitas vidas nesse período. Ele foi um dos técnicos que auxiliaram na manutenção dos ventiladores mecânicos. “Estou aqui desde o primeiro dia e pretendo continuar até o dia que for necessário. Saber que posso colocar meus conhecimentos técnicos para salvar vidas não tem preço, é sensacional”, emociona-se.

Na avaliação do médico infectologista do Hospital das Forças Armadas (HFA) Hemerson Luz, o trabalho de reparação de aparelhos dessa magnitude é essencial. “É de suma importância que haja oferta de respiradores para pacientes que evoluem com insuficiência respiratória. Essa oferta está diretamente ligada à taxa de letalidade. Por isso, o trabalho de manutenção e de deixar esses ventiladores funcionando é um dos trabalhos mais importantes no combate a essa pandemia”, justifica.

No topo como um dos itens mais procurados pelos brasileiros, especialmente no início da pandemia, o álcool em gel mereceu grande atenção. Isso porque o SENAI, além de ter investido na produção de meio milhão de litros, também abriu edital para que empresas sugerissem maneiras inovadoras e mais baratas de produzir o insumo.

Em março, o SENAI firmou parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e governo federal para lançar o Edital de Inovação para a Indústria. A proposta é financiar projetos voltados ao desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao coronavírus. Ao todo, foram selecionados 25 projetos para prevenção e diagnóstico da covid-19, como a produção de teste rápidos para detecção da doença.

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