A solenidade foi aberta com a apresentação de um grupo de alunos da escola, que cantou uma canção como forma de agradecimento pela obra. A diretora da escola, professora Maria Luíza Ramos do Valle, comandou a apresentação e também destacou a importância, para a comunidade, das obras realizadas na escola. “Atualmente, temos apenas 13 alunos matriculados, mas são crianças que necessitam desta escola e que merecem todo o conforto que pudermos dar, afinal, são filhos de famílias moradoras da localidade”, disse.
Instalada numa das áreas de maior produção agrícola do município, com destaque para as olerícolas, a Escola Municipal Porto Marinho trabalha em turno matinal (7h às 12h) e oferece educação infantil e o primeiro segmento do ensino fundamental. Para cursarem o segundo segmento do ensino fundamental, as crianças são levadas, em transporte escolar oferecido pela Prefeitura, para a Escola Municipal Cel. Manoel Marcelino de Paula, em São Sebastião do Paraíba, distante 18 quilômetros, escola que ganhou prédio novo e cuja inauguração foi realizada em fevereiro deste ano.
A secretária municipal de Educação, Lucinha Farah Noronha, preferiu assinalar a obra como “uma atitude de coragem e vontade política do prefeito Guga de Paula (PP).” A referência da secretária foi em relação à construção da Usina Hidrelétrica de Itaocara I (UHE Itaocara I), que deverá entrar em operação em 2013 e que represará o Rio Paraíba do Sul, afetando a comunidade de Porto Marinho. “Esta comunidade, que sempre lutou e luta, está ganhando este presente da Prefeitura porque o prefeito acredita na força deste povo e quer dar a sua contribuição não só para que Porto Marinho seja poupado da inundação, mas que as famílias que ainda moram no campo possam permanecer aqui”, disse. Ela informou, ainda, que a escola ganhou mais um banheiro (agora conta com dois), um depósito de merenda, que antes não existia, e uma sala para funcionamento da secretaria, que também não havia antes.
O prefeito Guga de Paula voltou a se posicionar de forma contrária à obra da UHE Itaocara, afirmando ter sido o único prefeito, entre os oito municípios afetados (três mineiros e cinco fluminenses) a não concordar com a execução da obra. “Este investimento é a prova de que eu continuo ao lado de vocês e que nunca serei favorável a essa obra, que pretende inundar terras que representam gerações e gerações de história e produtividade”, bradou. Completando, disse, ainda, que, se o clube existente em Porto Marinho, que fica ao lado da escola, conseguir outra área para a sua mudança, construirá mais umas duas salas na escola, ainda em seu mandato, que termina em dezembro.