As escolas particulares localizadas no estado do Rio de Janeiro podem receber até R$ 150 milhões em linhas de crédito. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17/08), durante reunião no Palácio Tiradentes entre o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), o secretário estadual da Casa Civil, André Moura e representantes de escolas particulares de educação infantil e de sindicatos.
A reunião ocorreu com o intuito de buscar um entendimento entre os representantes do segmento, que estão há 150 dias sofrendo com os efeitos das escolas fechadas, tais como desistências de matrícula e inadimplência, e de construir um consenso entre as secretarias de Saúde, de Educação, da Casa Civil e a Agência Estadual de Fomento (AgeRio). No encontro, ficou acordado que a Casa Civil vai atuar, junto com a Alerj e AgeRio, para buscar linhas de crédito para as unidades em situação crítica. “Vamos buscar um entendimento para uma solução viável para esta questão”, afirmou Ceciliano, acrescentando que o grupo deve fazer uma nova reunião no próximo dia 31 para acompanhamento da questão. Para o secretário André Moura, é importante buscar a liberação das linhas de crédito o mais rápido possível. “O objetivo é avançar nessa pauta iniciada hoje, para que essas negociações possam seguir dentro dos critérios para a liberação de recursos”, ponderou.
O secretário de Saúde, Alex Bousquet, disse que está sensibilizado com as dificuldades que as escolas particulares estão passando, mas que o momento ainda é delicado. “É preciso ter cautela, já que ainda não está preciso o comportamento do vírus em crianças”, alertou. Ele falou da importância dos critérios que a pasta está adotando para respaldar esse retorno e que há uma equipe de trabalho em parceira com outros órgãos trabalhando para a reabertura. O secretário mencionou que está aberto a sugestões e que o principal é buscar esse entendimento.
Claudia Jordão, representante das escolas, fez um apelo para que as autoridades olhem com bastante cuidado para esse momento e para a categoria. “Fizemos cursos de capacitação pela Prefeitura, seguindo os protocolos sanitários e as regras de ouro implementadas pelo comitê científico”, acrescentou. Secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes ponderou que é preciso ter cuidado com este momento. “O que está sendo discutido é se o Estado tem condições de retomar estas atividades sem colocar a vida das pessoas em risco. É preciso priorizar a saúde e fazer essa retomada de forma mais segura, obedecendo todos os critérios apontados pela Secretaria de Saúde”, afirmou Fernandes.
Presente ao encontro, o deputado Márcio Gualberto (PSL) ressaltou a importância de socorrer as escolas. “O risco de falência e desemprego pode agravar, e trazer uma repercussão negativa e uma crise financeira ainda maior para o estado do Rio”, alertou. Participaram da reunião ainda os deputados Márcio Pacheco (PSC) e Márcio Canella (MDB); além do superintende da Vigilância Sanitária da Prefeitura do Rio, Flávio Graça.