A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Trajano de Moraes constatou um aumento em relação ao número de denúncias de queimadas no município. É importante lembrar que por conta do tempo seco, qualquer tipo de queimada ou incêndio pode aumentar. De acordo com o secretário da pasta, Willian Castelani Avila, entre o mês de agosto e início de setembro, a prefeitura registrou oito ocorrências de queimadas.
Ainda de acordo com ele, os incidentes ocorrem muito em áreas de pastagem, mata e próximos a nascentes o que preocupa gestão pública municipal por conta do período de estiagem, ou o chamado também de seca. “Nesta época os chamados aumentam e isso preocupa muito. Temos materiais de combate a incêndios, como a exemplo, deste. É um momento delicado porque perde todo mundo, ou seja, a fauna, a flora e nós cidadãos”, disse ele.
Nas últimas duas semanas, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente recebeu reclamações diárias de pequenos focos ocorridos em todo município, principalmente na Zona Rural. “Hoje trabalhamos em parceria com a Defesa civil, o que ajuda muito na hora de combater as chamas ou identificar as ações de queimadas. Ainda que a sustentabilidade esteja em evidência nos últimos tempos, ainda é comum não percebê-la em ações efetivas no cotidiano das pessoas. Um grande exemplo é o velho hábito de queimar lixo a céu aberto”, exemplifica.
Queimar qualquer coisa, como capim, grama, galhos, folhas, madeira, troncos com o propósito de se livrar dela e/ou dos inconvenientes por ela causados é sempre prejudicial e pode ser até fatal. A queima de vegetais produz fumaça, que provoca inflamações nas vias aéreas; gases e substâncias irritativas e, até, geradoras de câncer. Em tempos de seca, as doenças respiratórias causam bastante impacto na saúde pública e a fumaça da queima contribui significantemente para a piora desse quadro clínico. Mesmo o quintal sendo de propriedade particular, o ar, a atmosfera é um bem de uso de todos.
As queimadas representam um grave risco ao meio ambiente e a saúde pública, um dos sérios riscos são a diminuição da visibilidade nas rodovias e estradas devido a cortina de fumaça. “Falando num contexto geral, estudos apontam que a maior parte dos incêndios florestais é decorrente de ação antrópica – causados pelo homem, de maneira acidental ou intencional cerca de 95% –, entre eles, além das queimadas para fins agrícolas, queima de lixo, fogueiras entre outros, enquanto apenas 5% são por causas naturais, ou seja, a chamada queda de raios”, concluiu o secretário.