Apesar das dificuldades financeiras, Friburguense tem metas ambiciosas

Foco, agora, é o Estadual deste ano

Assim como a maioria dos clubes brasileiros, o Friburguense encontra dificuldades para manter em dia a situação financeira. Na última semana, a Câmara de Vereadores aprovou uma subvenção de R$ 120 mil ao ano, o que corresponde a R$ 10 mil por mês para o clube. No entanto, o valor, ainda a ser liberado pela Prefeitura e repassado à Secretaria de Esportes, não poderá ser aplicado no futebol profissional. Ainda assim, todo o montante não seria suficiente para cobrir um mês de despesas do tricolor da serra – hoje em torno de R$ 140 mil.

Atualmente, o Friburguense aloja, além dos jogadores de Nova Friburgo, alguns outros de diversas partes do estado. São servidos, em média, 60 almoços, 60 lanches e outros 60 jantares, totalizando 180 refeições por dia. Cada categoria tem a sua comissão com um treinador e todos possuem certificado de graduação em educação física. Além disso, o Frizão tem muitos gastos com viagens, arbitragem nos jogos, material, medicamentos, médicos e outros. O gasto, hoje, para manutenção da base, informa Siqueira, gira em torno de R$ 30 mil a R$ 40 mil por mês, sem considerar os gastos de campeonatos.

O clube ainda oferece, às segundas-feiras, uma psicóloga que trata as questões familiares, o lado pessoal do atleta. “Em fevereiro, voltaremos a oferecer o tratamento dentário. Cerca de 80% desses 400 jogadores que citei não conseguem chegar ao futebol profissional, mas saem do Friburguense mais disciplinados e preparados pra vida”, confirma o dirigente do time.

Sobre as finanças do clube, José Siqueira revela as dificuldades para reforçar o plantel e o ambicioso projeto de fechar o anel do Estádio Eduardo Guinle. O dirigente conta que a subvenção é o primeiro passo para estreitar as relações entre o Friburguense e o poder público. “A maioria dos jogadores que nós tínhamos em vista para completar o elenco recebeu uma proposta melhor financeiramente. Precisávamos de, no máximo, três, e um no nível do Abedi e Geraldo. Mas não dá nem pra conversar quando existe a proposta de outro clube. Já tivemos épocas melhores, pudemos trazer alguns jogadores de nome, mas, agora, é diferente”, explica Siqueira.

Sobre o insucesso na disputa do Campeonato Brasileiro da Série D de 2012, quando o Friburguense esteve a um gol da classificação para a Série C, Siqueira se mostra resignado e espera melhores resultados este ano. “A série D era a aposta de um passo a mais em termos de crescimento do clube e estivemos muito perto de conseguir. Até hoje, procuramos explicações e não encontramos. Mas cada coisa tem o seu momento. Uma grande campanha no estadual vai mostrar uma boa imagem, mas não dá para expandir os rumos do clube. Vamos nos tornar grandes através da competição nacional. Se o Friburguense atinge uma série B, vai estar a dois passos do maior campeonato do país. Em termos de marketing, imagem, receitas e exposição, a série B é excelente”, revela esperançoso.

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