As mulheres têm cada vez mais conquistado seu espaço no campo e se tornado peça fundamental para a agricultura. E, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento destaca o trabalho delas, além de oferecer incentivos por meio de programas da pasta.
Segundo dados da Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio), mais de 33 mil mulheres rurais no estado estão cadastradas pela empresa vinculada à Secretaria de Agricultura. Só no ano passado, seis mil produtoras foram atendidas em todo o território fluminense.
Para o secretário de Estado de Agricultura, Marcelo Queiroz, essa data serve para reconhecer e ressaltar o trabalho e conquistas de todas as mulheres, principalmente no âmbito do agronegócio.
– É cada vez mais notório o protagonismo feminino na condução do negócio rural. Atualmente, temos um número bem expressivo na atuação de mulheres nesse segmento, isso é resultado de muita luta por mais visibilidade e valorização – disse Marcelo Queiroz.
A diversificação e a expansão de algumas áreas nos últimos anos revelam o aumento da presença da mão de obra feminina, como no caso da floricultura. Dividindo a rotina com marido, irmã, filhos e nora, no sítio da família em Vargem Alta, Nova Friburgo, na Região Serrana, a produtora Eunice Pacheco, de 45 anos, revela a satisfação de ser uma mulher que atua no agro.
– A nossa fonte de renda vem de todo o nosso esforço e dedicação na nossa plantação. Desde cedo trabalho na roça, casei e criei meus filhos no sítio, eu amo meu trabalho e tenho muito orgulho de ser mulher rural – destacou Eunice.
Por conta da pandemia da Covid-19, as vendas de flores despencaram, e a família Pacheco precisou recorrer à plantação de legumes.
– Levamos um baque com a pandemia e, para garantir o nosso sustento, buscamos novas alternativas para enfrentar a crise – complementou a agricultora.
Forte e determinada, a produtora Cristina Salles alavancou seu empreendimento com a ajuda do Programa Prosperar, linha de crédito do Governo do Estado.
Empreendedora nata, Cristina possui uma agroindústria nos moldes de agricultura familiar, onde cultiva os mais variados vegetais e produz geleias artesanais.
– Trabalho de domingo a domingo com muito prazer, sou grata por ter a oportunidade de plantar no meu próprio sítio as coisas que produzo. Colher algo fresquinho, na horta, e ir direto para panela é espetacular. Apesar das dificuldades, eu amo ser produtora – afirmou Cristina.
A paixão por flores fez Adelaide Santos ser produtora. Há 32 anos trabalhando com plantas ornamentais e tropicais, em Ilha de Guaratiba, na Zona Oeste da capital, a paisagista e também bióloga oferece cursos neste segmento.
– Ser reconhecida pelo seu trabalho é incrível. As mulheres do agronegócio são guerreiras, trabalham de sol a sol – concluiu a produtora.