Apagão deixa parte da região às escuras durante o sábado

Problema foi causado por um transformador na subestação de Val de Palmas

Por volta das 5h30min. do último sábado, 26 de janeiro, os municípios de Cantagalo, Macuco, Cordeiro, São Sebastião do Alto e Carmo ficaram às escuras e boa parte permaneceu assim até o final do dia. De acordo com a Ampla, concessionária de energia que atende a 65 municípios do estado, o forte temporal, acompanhado de descargas elétricas durante a madrugada, danificou um transformador da subestação Val de Palmas, afetando o fornecimento de energia nessa área.

De acordo com informações da diretora de Comunicação e Relações Institucionais do grupo Endesa Brasil (controladora da Ampla), Fernanda Carvalho, a distribuidora efetuou manobras em seu sistema e o fornecimento foi totalmente restabelecido em Macuco, Cordeiro, São Sebastião do Alto e Carmo ainda pela manhã. Entretanto, o fato não foi observado pelos moradores de algumas dessas localidades. O município de Macuco, por exemplo, teve fornecimento de energia apenas em um intervalo entre as 18h e pouco depois das 19h, voltando às escuras até o final do dia. Em Cantagalo, a energia só foi restabelecida por volta das 19 horas, assim mesmo, bastante deficiente e sem iluminação pública, com vários locais às escuras.

Desde o início da manhã de sábado, técnicos da empresa trabalhavam ininterruptamente na subestação para substituir o transformador avariado e, assim, normalizar completamente o fornecimento nas áreas sem energia.

O problema da falta de energia provocou outros, em escala. Um deles foi a falta de água para as residências que dependiam de bombas de água. Além disso, alguns eventos tiveram que ser cancelados e várias lojas fecharam as portas.

CRÍTICAS – O apagão do último sábado em meio à temporada de rios e reservatórios cheios, no pique de produção elétrica (e também de consumo), demonstra a fragilidade do sistema elétrico não apenas da região, mas de todo o país.

A revista ‘Época’ publicou, na edição de 21 de janeiro, um levantamento que aponta cinco problemas do setor elétrico que dependem mais da intervenção dos administradores do que dos fatores climáticos.

As críticas da revista, de circulação nacional, são para a falha no monitoramento dos reservatórios, as incertezas das usinas eólicas, a má gestão das obras, o uso político das estatais e o custo da energia térmica.

Na região, a expectativa de investimentos em geração de energia está depositada nas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) ao longo dos rios Grande e Negro e na Usina Hidrelétrica de Itaocara, de grande porte, cujas obras ainda não tiveram início. Entretanto, ainda não se sabe ao certo quais e se haverão mais investimentos em linhas de transmissão de energia e na qualidade da energia disponíveis para empresas e residências.

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