Rio é o segundo maior produtor de flores do país
O Rio de Janeiro já desponta como segundo maior polo de produção e consumo de flores no país, atrás apenas de São Paulo. De acordo com o último levantamento do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), com o perfil do segmento em todos os estados do Brasil, os números do estado do Rio demonstram o incremento e a profissionalização da floricultura fluminense.
Segundo o documento, 683 produtores produzem flores e plantas ornamentais em 950 hectares, com a geração de 17,6 mil empregos na cadeia produtiva. O setor foi responsável pela movimentação de R$ 470 milhões em 2012, valor 63% superior ao dado do ano anterior.
Na avaliação da coordenadora do Programa Florescer, da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, Nazaré Dias, esse resultado é fruto de todo o investimento que tem sido feito para incentivar e modernizar a atividade, uma das vocações da agricultura fluminense. “O crédito para investir concedido pelo Florescer permitiu a modernização da estrutura de produção, aquisição de novas variedades de cultivo e padronização de embalagens. Além disso, a capacitação constante e o intercâmbio de produtores com visitas técnicas à unidades de produção em outros estados também contribuem para essa evolução”, ressaltou.
– A partir dos incentivos com o Programa Florescer, demos visibilidade a atividade no estado. A produção de flores e plantas ornamentais é uma atividade com elevada agregação de valor – afirmou o secretário Christino Áureo, ao destacar que a floricultura exige pequenas áreas e utiliza mão de obra familiar, características da agricultura do Rio de Janeiro.
O bom momento da floricultura fluminense pode ser constatado em casos de sucesso como o do produtor de crisântemos de Nova Friburgo, Eduardo Ferreira Laje. O financiamento do Florescer e a assistência técnica da Emater-Rio alavancaram não só sua produção, como a estrutura de comercialização. Da propriedade de um hectare, com 50 estufas, na localidade Vargem Alta (no distrito de São Pedro da Serra), onde também trabalham seus pais e a esposa, saem, semanalmente, cerca de 400 mocas da flor para o Cadeg, o mercado municipal do Rio de Janeiro. “Há 10 anos na atividade percebo que estamos vivendo o melhor momento de nossa produção”, enfatizou.
A condição de segundo maior mercado consumidor dá ao estado vantagem em relação a outras unidades produtoras no Norte e Nordeste do país, que dependem de mercados exportadores para escoar suas flores. Outro ponto favorável é a diversidade de microclimas, que permite a produção de flores de clima temperado e tropical, onde a produtividade fluminense é superior a de outros estados.
Ex-gerente do Banco do Brasil de Cantagalo passa a executivo do ‘Rio Rural’
Em reunião do Conselho Administrativo, foi escolhida a nova diretora-presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio), Stella Romanos, em substituição a Justino Antônio da Silva, que passará a desempenhar a função de executivo do Programa Rio Rural, junto ao Banco Mundial. Justino já foi gerente do Banco do Brasil em Cantagalo, durante um bom período, quando era funcionário da instituição bancária.
O secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, fez questão de ressaltar os avanços obtidos no período em que a empresa esteve sob o comando do ex-presidente, notadamente no que diz respeito à realização do concurso público, estruturação do programa ‘Estradas da Produção’ e o êxito no socorro às vítimas do desastre na Região Serrana em 2011. “Justino exerceu o comando da Emater-Rio de maneira comprometida e com lealdade”, afirmou Christino Áureo.
Por sua vez, Stella Romanos, que já desempenhava função de diretora-geral de Administração e Finanças, tendo exercido a Subsecretaria Geral de Agricultura em 2010 e em 2012, possui vasta experiência na agricultura.
Produtora rural, dirigente sindical e com formação superior e pós-graduações na área de educação, terá como novos desafios capacitar técnicos e produtores, além de garantir a modernização das estruturas de extensão, especialmente nos programas ‘Rio Rural’, ‘Estradas da Produção’, ‘Rio Leite’, ‘Rio Genética’, entre outras iniciativas do Governo do Estado.
Equipamentos prometem ajudar agricultores com informações sobre meio ambiente
Segundo informou o presidente da Pesagro-Rio e engenheiro agrônomo Sílvio Galvão, a partir de abril deste ano, os equipamentos de monitoramento climático deverão entrar em funcionamento em propriedades dos municípios de Duas Barras, Paty do Alferes e Vassouras.
Até o momento, já foram implementados equipamentos em propriedades de Nova Friburgo e Sumidouro. Durante os últimos quatro meses, foi percebida a redução de 42% no uso de agrotóxicos em lavouras de tomate da Região Serrana. Este é um dos resultados positivos já obtidos com o trabalho de monitoramento climático.
O projeto prevê a instalação de equipamentos de monitoramento nas lavouras colhendo informações sobre a quantidade de chuva, temperatura, umidade relativa do ar e o chamado molhamento das folhas, tempo médio em que a vegetação permanece com água na superfície.
Os dados são, então, enviados para um servidor em São Paulo a cada 15 minutos e, após processados, ficam disponíveis para os agricultores na internet.
– Agora, está mais fácil trabalhar. Com o acompanhamento, pela internet, só fazemos a aplicação de produtos realmente necessária. Quando o clima está propício para que a planta tenha uma requeima ou uma ‘pinta preta’, entramos com o defensivo na quantidade e hora certas. Assim, estamos conseguindo colher um tomate mais saudável para o consumo – contou a produtora rural Sônia Maria Veiga, que já acompanha a sua lavoura há dois meses por meio do projeto.
A iniciativa faz parte do projeto de pesquisa da Pesagro-Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro), vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj), em parceria com a empresa privada Olearys.
Inicialmente, dez plataformas, que cobrem um raio de cinco quilômetros cada uma, foram instaladas.
Parceria entre Ceasa-RJ, Sebrae e Banco do Brasil beneficiará produtores e comerciantes
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, através da Ceasa-RJ, firmou parceria com o Banco do Brasil. Em reunião na sede da Ceasa-RJ, foram discutidos os acertos finais para a inauguração de uma agência no entreposto de Irajá. O trabalho será realizado em conjunto com o Sebrae, que vai incentivar o empreendedorismo através de cursos e palestras que vão facilitar a vida dos produtores rurais do estado e também dos comerciantes instalados nas unidades da Ceasa-RJ.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto, a iniciativa será importante para desenvolvimento do interior. “Esta parceria com o Banco do Brasil e o Sebrae vai oferecer ferramentas aos produtores e comerciantes para que possam desenvolver suas atividades, modernizando seus negócios e tornando-os mais lucrativos”, disse Peixoto.
O gerente de DRS do Banco do Brasil, Jair Antônio Miller, acredita que é possível a abertura de mais agências que possam atender os produtores do estado do Rio. Já o diretor do Sebrae, Armando Clemente, afirma que instituição possui linhas específicas e oficinas para agricultores e quer aplicar na Ceasa-RJ.