Cordeiro e Carmo também com epidemia de dengue

AEDES AEGYPTI: Mosquito avança e leva doença a 45 dos 92 municípios do estado

Durante a 13ª semana epidemiológica de 2013 (de 1º de janeiro até 30 de março), foram notificados 79.587 casos suspeitos de dengue no estado do Rio de Janeiro, com cinco óbitos: dois no Rio de Janeiro, um em Magé (Baixada Fluminense), um em Volta Redonda (Sul Fluminense) e um em Itaocara (Noroeste Fluminense).

Os dados de casos notificados foram compilados pela Secretaria de Estado de Saúde a partir de informações inseridas no sistema pelos municípios até as 13h do último dia 2 de abril.

Mesmo período em 2012 – Durante a 13ª semana epidemiológica de 2012, foram notificados 56.912 casos suspeitos de dengue no estado, com 14 óbitos.

Epidemia – Dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, 45 estão em epidemia, mas a lista de cidades nessa situação teve alteração em relação à semana anterior. Quatro municípios entraram na relação de epidemia, incluindo novas cidades das regiões Baixada Litorânea, Médio Paraíba e Serrana. Um município da Região Centro-Sul saiu da lista. Com essas alterações, a Baixada Litorânea é a única região fluminense que está com todas as cidades em epidemia de dengue.

Entre os critérios considerados para que um município entre em epidemia está o registro de mais de 300 casos por 100 mil habitantes, curva ascendente de transmissão da doença sustentada por três semanas ou mais consecutivas, e com números acima do limite esperado para a localidade num determinado período de tempo. Estão em situação de epidemia de dengue os seguintes municípios:

Baixada Litorânea: Araruama, Saquarema, Iguaba Grande, Rio das Ostras, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, São Pedro D’Aldeia e Arraial do Cabo;

Centro-Sul Fluminense: Paracambi, Sapucaia, Comendador Levy Gasparian e Mendes;

Médio Paraíba: Valença, Pinheiral, Volta Redonda, Barra do Piraí, Rio das Flores e Resende;

Noroeste Fluminense: Cardoso Moreira, Miracema, São José de Ubá, Porciúncula, Natividade, Bom Jesus do Itabapoana e Laje do Muriaé;

Norte Fluminense: São Fidélis, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Macaé e São Francisco de Itabapoana;

Região da Baía da Ilha Grande: Angra dos Reis;

Região Metropolitana I: Magé;

Região Metropolitana II: Niterói, Rio Bonito, Itaboraí, Silva Jardim, Tanguá, Maricá e São Gonçalo;

Região Serrana: Cantagalo, São Sebastião do Alto, São José do Vale do Rio Preto, Carmo e Cordeiro.

 

Ministro da Saúde culpa troca de prefeitos por epidemias de dengue

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em audiência pública conjunta das comissões de Seguridade Social e Família; de Fiscalização Financeira e Controle; e de Defesa do Consumidor da Câmara, falou sobre as ações do ministério, possíveis incentivos à contratação de planos de saúde e o combate à dengue. O ministro disse que o Brasil deve registrar, este ano, a mesma quantidade de casos de dengue de 2010, quando o país enfrentou uma epidemia da doença, com 580 mil casos notificados.

Os números vinham caindo no país em 2011 e 2012, mas voltaram a subir neste ano. Para o ministro, a troca de comando em diversas prefeituras, em janeiro de 2013, provocou a interrupção de ações de prevenção e combate à doença, contribuindo para o aumento de casos.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, Padilha alertou que há três anos, apenas dois tipos de dengue circulavam no país, contra quatro tipos em circulação atualmente. Os estados que mais registram casos da doença são Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

 

Casos de dengue em Cordeiro passam dos 150

Moradores de Cordeiro estão preocupados com a dengue. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, este ano foram 379 casos de dengue notificados. Deste total, 156 foram confirmados. O número é alto, se comparado ao ano passado, quando foram registrados 44 casos da doença. Pelas ruas, é fácil encontrar quem foi picado pelo aedes aegypti, mosquito transmissor do mal.

Para tentar frear as estatísticas, a Prefeitura faz campanhas de prevenção. São 11 agentes e três carros, que auxiliam no trabalho, nas ruas. Os veículos foram cedidos pelo Governo do Estado. O secretário de Saúde, Carlos Henrique, explica que, com mais pacientes no Hospital Antônio Castro, por causa da dengue, aumenta a quantidade de material que precisa ser lavado. Parte desse material é levado para uma lavanderia, em Nova Friburgo, porque a lavanderia da unidade está com problemas. Segundo ele, a Secretaria de Saúde da cidade conta com outros cinco carros, mas o carro doado pelo Estado para o combate à dengue seria o mais adequado para fazer o serviço.

Em 2011, a população de Cordeiro viu a cidade passar por uma epidemia de dengue, que também afetou outras cidades das regiões Serrana e Centro-Norte Fluminense. Na época, foram notificados mais de 1,3 mil casos na cidade. Este ano, diante do número de casos já confirmados e de notificações crescentes, a população fica preocupada.

 

Governo do Estado anuncia protocolo de atendimento à dengue via web para municípios

Unidades de saúde municipais vão poder acessar, on line, sistema da Secretaria de Estado de Saúde que ajuda a identificar corretamente casos de dengue. De acordo com a Superintendência de Vigilância Epidemiológica, 90% dos pacientes com dengue no Rio são atendidos em ambulatórios e 10% necessitam de internação. O retrato da doença no estado mostra que apenas 6% evoluem para casos graves da doença e 1,3% dessa fatia não consegue sobreviver.

Até o final de abril, os municípios do estado do Rio de Janeiro vão poder acessar, on line, o mesmo sistema já utilizado pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) para seguir, à risca, o protocolo de atendimento a pacientes com suspeita de dengue.

A ferramenta estará disponível para profissionais de saúde nos sites Rio Contra Dengue (www.riocontradengue.rj.gov.br) e Rio Com Saúde (www.riocomsaude.rj.gov.br). O anúncio foi feito no dia 3 de abril, durante reunião do secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, com prefeitos e secretários municipais da Baixada Fluminense e Grande Rio, na Gávea, Zona Sul da cidade.

Hoje, todas as UPA gerenciadas pelo Governo do Estado já utilizam esta ficha de atendimento eletrônica. Trata-se de um prontuário inteligente que auxilia o profissional de saúde a seguir os protocolos de atendimento em casos de dengue sugeridos pelo Ministério da Saúde. Então, se, de acordo com as informações que o médico preencheu sobre sintomas e sinais do paciente, o sistema dá alertas indicando os próximos passos a seguir, dependendo do caso, até a internação do paciente.

– A secretaria vai disponibilizar o protocolo de atendimento, via web, para que os municípios possam ter isso na sua base  e utilizar o mesmo sistema em suas unidades – explica o superintendente de Vigilância Epidemiológica da secretaria, Alexandre Chieppe. O objetivo da iniciativa é subsidiar os municípios no correto atendimento de dengue. Desta forma, a Secretaria de Estado de Saúde acredita estar garantindo todo o apoio às prefeituras do Rio de Janeiro para o enfrentamento da doença. Somam-se a esta ação a montagem de centros de hidratação nas cidades com maior incidência da doença; o lançamento do projeto inédito Monitora Dengue.

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