Quanto a comentários de alguns correligionários e simpatizantes do atual governo, de que teria deixado dívidas na Prefeitura, ele disse que não é verdade. “É mentira. Eu não deixei nenhuma dívida na Prefeitura. Deixei a Prefeitura organizada, prova disso é que duas pessoas que foram secretários de meu governo continuam na atual administração. São os casos dos secretários de Fazenda e de Planejamento, pois são técnicos. Outros também foram convidados, mas não aceitaram”, garantiu o ex-prefeito.
Em relação à falta de remédios e à iluminação pública da cidade, o atual governo afirma que será resolvido, pois está em licitação. O ex-prefeito afirma que a lei que rege a licitação – Lei nº 8.666/93 – pode agilizar as compras até R$ 80 mil, através de carta-convite. “Tinha dinheiro, recursos para gastar com estas necessidades, bastava fazer o planejamento e realizar a licitação”, afirmou o ex-prefeito.
A respeito das críticas de que deixou a cidade com lixo a ser recolhido, Memel disse que o contrato terminou em 31 de dezembro, e o governo atual foi procurado para renovar o contrato com a empresa responsável pelo serviço. “Quem mora em Carmo sabe do excelente serviço que era prestado, com caminhões novos, que ofereciam segurança aos funcionários, que transportavam o lixo até a cidade de Teresópolis, num consórcio criado pelo Governo do Estado, ao qual Carmo se consorciou”, afirmou.
Segundo o ex-prefeito, a atual administração municipal contratou uma empresa em caráter emergencial, com valor de mais de R$ 40 mil e, até agora, não realizou a licitação para contratar, em definitivo, uma empresa para cuidar do lixo do município.
Memel também rebateu, durante a entrevista, as críticas de um vereador de que, durante sua administração, teria praticado compra de remédios superfaturados. “É uma mentira. Este vereador vai responder, na Justiça, por esta calúnia. Compramos medicamentos diretamente da Fundação Oswaldo Cruz, do Governo Federal, do registro de preços da ata de preços dos ministérios da Aeronáutica e do Exército”, afirmou. Memel completou afirmando que as acusações devem ser feitas ao Governo Federal, mas questionou, também, a não realização, até agora, de processo licitatório para a compra de medicamentos.
O ex-prefeito também disse que o Hospital Nossa Senhora do Carmo está mal administrado, por falta de pagamentos aos profissionais. Durante sua administração, afirmou ter repassado R$ 225 mil mensais à unidade, enquanto que a atual administração fez um protocolo de que poderia repassar até R$ 300 mil, mas só repassa R$ 240 mil mensais. “Estão enchendo o hospital, fazendo politicagem na convocação de pessoas que fazem parte do grupo político, deixando de chamar as pessoas que passaram em concurso público, realizado por nosso governo”, afirmou.
Quanto ao tratamento de esgoto na cidade, Memel garantiu que deixou projetos no Governo Federal para implantar as estações de tratamento com investimentos de R$ 2 milhões.