Equilíbrio entre receita e despesa também está entre as metas da nova gestão da entidade
Ercília Carvalho é a nova provedora do Hospital Nossa Senhora do Carmo, da cidade de Carmo. Ela estará à frente da instituição por dois anos e buscará, neste período, trazer equilíbrio financeiro para a maior referência em saúde do município. “Acho que a estrutura do hospital, a rede de médicos e profissionais é excelente. A intenção é dar a minha colaboração, fazer o possível para que a gente conserve esse patrimônio, que é da população de Carmo. A gente está tentando buscar um equilíbrio entre receita e despesa”, afirmou Ercília Carvalho.
O provedor da instituição é escolhido, pelo conselho, entre seus membros, e pode ser reconduzido para igual período após os dois anos de mandato. O Hospital Nossa Senhora do Carmo é uma instituição filantrópica completamente independente.
– A relação de administração é zero entre o município e o hospital. A gerência é do próprio hospital. A obrigação deles é nos prestar conta dos valores que repassamos, além de cumprir o restante da legislação. A única diferença básica em relação aos outros contratados é que ele é uma instituição filantrópica. A Prefeitura não tem nenhuma ingerência no conselho e muito menos na escolha do provedor – explicou o procurador geral de Carmo, Paulo Homem.
Na prática, o hospital é um contratado da Prefeitura para prestar serviços de saúde que não sejam atendimento básico. Para isso, recebe verba mensal do município, através de convênio. O município paga o previsto em contrato ao hospital, como faz com qualquer outra instituição que tenha vínculo firmado com o poder público.
Nos próximos meses, deve ser celebrado novo contrato entre as partes para se adequar à legislação, já que o acordo atual é antigo. A nova lei prevê que haja um gestor do contrato dentro do hospital. Esse servidor municipal funcionará como um fiscal para assegurar o cumprimento de todas as cláusulas contratuais e auxiliar no melhor atendimento ao público.
O Hospital Nossa Senhora do Carmo continuará sendo a maior referência em saúde para a população. “O hospital serve para atender emergência e urgência, mas ele acaba saindo do objetivo porque todas as pessoas que têm algum sintoma que não seja de urgência, o que seria um caso de saúde pública, acabam tendo como referência o hospital, mas isso é uma cultura da cidade. Isso acaba aumentando a nossa demanda, por isso que às vezes dá superlotação, demora a consulta. Acho que esta é uma instituição de saúde, então está correto atender”, concluiu a provedora do hospital.
A Câmara criou recentemente uma Comissão Especial de Inquérito para apurar denúncias de irregulidades na administração anterior do Hospital.