Há 10 anos, um importante órgão para o desenvolvimento da economia de Nova Friburgo estava sendo criado. Era o Conselho da Moda, que, no mês de outubro, comemora 10 anos, juntamente com a formalização do Arranjo Produtivo Local de Moda Íntima de Nova Friburgo e Região (APL).
Para celebrar a data, acontecerá, nesta sexta-feira, 4 de outubro, das 8h30min. às 12h, um café da manhã com empresários do setor de moda íntima. Na programação, uma apresentação de Fernando Pimentel, diretor superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), sobre o panorama dos últimos dez anos do vestuário no Brasil, com foco na moda íntima e nos desafios para o próximo ano. Pimentel abordará, também, as ações da Abit junto ao Congresso Nacional e demais instituições para a sustentabilidade e competitividade do setor. Além disso, será apresentado um histórico do conselho, destacando as principais ações durante esses dez anos, que contribuíram para o crescimento do setor de moda regional.
No dia 30 de outubro de 2003, às 14 horas, teve início a primeira reunião do Conselho da Moda de Nova Friburgo, que apresentou o Plano Estratégico para o Polo de Moda Íntima da Região Centro-Norte Fluminense e os novos produtos e serviços direcionados às empresas. Este evento marcou as primeiras ações de uma das principais entidades desenvolvedoras da região e também responsável por transformar o Arranjo Produtivo Local em referência para todo o país.
A ideia de montar o conselho surgiu a partir de estudos econômicos sobre o estado do Rio de Janeiro, realizado em 1997, patrocinado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O estudo revelou a existência do APL de moda íntima e impulsionou a criação do conselho em 2003, reunindo diversas entidades, como o Sistema Firjan, o Sebrae, o Sindvest (Sindicato do Vestuário), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), o IPRJ/Uerj (Instituto Politécnico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Banco do Brasil, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Governo do Estado e os governos municipais das cidades envolvidas.
O objetivo sempre foi melhorar a competitividade das empresas, desenvolvendo ações adequadas à realidade e demanda das empresas do polo. A estruturação do conselho foi fundamental para a solidificação do polo e contribuiu, também, para alavancar a Fevest (Feira do Vestuário) e torná-la uma feira de referência nacional para o setor.
Hoje, o polo reúne, aproximadamente, 1.340 confecções, que são responsáveis por 20 mil postos de trabalhos (12 mil diretos e oito mil indiretos) e por 25% da produção nacional, totalizando a produção de 114 milhões de peças por ano.