Há alguns anos, um importante órgão para o desenvolvimento da economia de Nova Friburgo e região estava sendo criado: o Conselho da Moda. Desde o início 100% apoiado pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), o conselho comemora 10 anos neste mês de outubro, juntamente com a formalização do Arranjo Produtivo Local (APL) de Moda Íntima de Nova Friburgo e Região.
Para celebrar a data, foi realizado um café da manhã. Iniciando as apresentações, o vice-presidente da Representação Regional da Firjan, Cláudio Tângari, falou sobre o processo que resultou no Conselho da Moda e as ações que garantiram o sucesso atual do APL. Tângari foi um dos principais responsáveis pela criação e organização do órgão e considera a união dos empresários um dos fatores principais de desenvolvimento do Polo de Moda Íntima. “Eu não imagino ações de investimento sem escutar o empresário”, apontou Cláudio Tângari.
A opinião é compartilhada pela subsecretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dulce Ângela Procópio. “Esse APL aqui é exemplar para todo o Brasil devido à maneira com que os empresários se unem. Assim, eles produzem mais, empregam mais e conseguem gerar mais renda”, disse.
A ideia de montar o conselho surgiu a partir de estudo econômico realizado em 1997, patrocinado pela Firjan e pelo Sebrae. O objetivo sempre foi melhorar a competitividade, desenvolvendo ações adequadas à realidade e demanda das empresas. A consolidação do conselho foi fundamental para a expansão do polo e para alavancar a Fevest (Feira do Vestuário de Nova Friburgo e Região), tornando-a uma feira de referência nacional para o setor. Até 2003, as ações eram desenvolvidas de forma isolada.
Nelci Layola Porto, presidente do Conselho da Moda e da Representação Regional da Firjan, fechou o evento reforçando a importância de se manter a união e abordando as perspectivas das próximas ações do conselho. Em destaque, o Espaço da Moda, que será inaugurado no primeiro semestre de 2014, na cidade. A intenção é que o local se torne referência nacional em inovação e qualificação para o setor de moda.
O encontro também contou com a presença do diretor superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Fernando Pimentel, que falou sobre o panorama dos últimos dez anos do vestuário no Brasil. Pimentel acredita que é preciso voltar a crescer 5% ao ano para ser um país de renda elevada e é preciso políticas específicas para as empresas de pequeno e médio portes. Em sua visão, também é necessário tomar iniciativas para embarreirar a entrada dos produtos estrangeiros com subsídio desleal, deixando de comprá-los, por exemplo.