Grupo quer investir em tecnologias sustentáveis para melhorar a produção agrícola
Um grupo multidisciplinar composto por oito pesquisadores do Projeto Intecral (Integração de Ecotecnologias e Serviços para o Desenvolvimento Rural Sustentável no Rio de Janeiro) visitou, entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro de 2013, as microbacias trabalhadas pelo Rio Rural, programa da Secretaria de Estado de Agricultura, nas regiões Serrana e Noroeste fluminenses. O objetivo foi identificar áreas prioritárias, conhecer as peculiaridades de cada região e avaliar o grau de organização comunitária nas localidades.
Trata-se das primeiras ações da cooperação técnica internacional entre os governos fluminense e alemão, assinada em meados de setembro, e que envolve instituições de pesquisa nacionais e estrangeiras, setores público e privado, além de atores locais. O país europeu pretende investir cerca de R$ 9,2 milhões em pesquisas e na criação de soluções para melhorar a produtividade dos agricultores.
No interior do estado, o Intecral vai trabalhar, prioritariamente, monitoramento de água, áreas degradadas e cadeias de valores. “Estas visitas são importantes para definir o plano de trabalho do Intecral. Os estudos vão nos fornecer ferramentas e respaldo para fazer intervenções em escalas maiores nas áreas prioritárias”, esclarece Marcelo Costa, assessor técnico do Rio Rural que acompanhou os pesquisadores ao campo.
Na Região Serrana, a primeira atividade foi uma reunião na microbacia Barracão dos Mendes, com a participação de técnicos da Prefeitura, Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro), Rio Rural, membros do Cogem (Comitê Gestor da Microbacia) e do Comitê de Bacias do Rio Dois Rios. O objetivo foi discutir a aplicação de tecnologias agrícolas e integrar ações de saneamento com o comitê de bacias na região selecionada para o desenvolvimento do projeto piloto. Na sequência, uma reunião com produtores rurais das microbacias Santa Cruz e São Lourenço.
Em Trajano de Moraes, o grupo conheceu o projeto ‘Rio Macabu em Ação: história, conhecimento e vida’, que, desde o primeiro semestre de 2013, realiza o monitoramento da qualidade da água em 11 pontos do Rio Macabu.
No Noroeste fluminense, foram visitadas microbacias com diferentes arranjos produtivos. Em Porciúncula, os estudiosos conheceram o plantio de café em sistema agroflorestal. Em Varre-Sai, as RPPN’s (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) criadas com apoio do Rio Rural. Em São José de Ubá, foram à microbacia Santa Maria, onde o programa implantou o monitoramento completo. Os pesquisadores se reuniram com o Cogem e com a associação local de produtores, e visitaram diferentes propriedades rurais. Conheceram, também, áreas com nascentes protegidas, plantio agroecológico de hortaliças, pastoreio rotacionado e o trabalho de monitoramento da biodiversidade com a polinização das abelhas, desenvolvido pelo Rio Rural em parceria com a Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro).
Dietmar Sattler, pesquisador alemão da Universidade de Leipzig, se surpreendeu com o comprometimento dos agricultores. “A paixão do produtor é visível. Quando ele entende o que é a sustentabilidade, se empenha para mudar o modo produtivo, porque sabe que vai ter mais qualidade de vida”, concluiu Sattler, especialista em recuperação de solos degradados. Outro fator que chamou a atenção do estudioso é a decisão participativa, com a formação dos comitês gestores. “Eles decidem com base na demanda de todos e isto contribui para melhorar a situação econômica e a sociedade rural”, disse.
A viagem terminou no Centro Estadual de Pesquisa e Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Pesagro-Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro), em Itaocara, onde os pesquisadores conheceram experimentos que avaliam espécies nativas para reflorestamento de áreas degradadas. O Projeto Intecral começará a ser executado este ano, durante três anos, a partir de um plano de ação, em fase de desenvolvimento.
Estado investirá R$ 4 milhões em drenagem de estradas vicinais na Região Serrana
Em Nova Friburgo, o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, assinou, em dezembro de 2013, os contratos de execução de obras de drenagem em estradas vicinais dos municípios de Nova Friburgo, Sumidouro e Teresópolis. Os trabalhos serão coordenados pelos programas Rio Rural e Estradas da Produção, através de recursos financeiros oriundos do Banco Mundial e que chegam a R$ 4 milhões.
Com início previsto para este mês, as obras vão beneficiar as estradas Floresta Mendes-Salinas e de Pilões, em Nova Friburgo; Água Quente-Batume e Serra do Vale Alpino, em Teresópolis; e a estrada SU 02, com início na localidade de Lagoa, em Sumidouro.
Através do programa Estradas da Produção, estas mesmas vias foram recentemente contempladas com limpeza de valas, patrolagem e instalação de saídas de águas pluviais. Todas essas ações de infraestrutura rural complementam os trabalhos de recuperação da capacidade produtiva após a catástrofe climática de 2011 na Região Serrana, considerada a primeira em produção de folhosas e hortaliças, a terceira em termos de concentração da agricultura familiar e a que possui a maior diversificação das atividades agroindustriais no estado do Rio de Janeiro.
– Essa assinatura de contratos representa, mais uma vez, nossa presença efetiva na Região Serrana, área amplamente beneficiada por diversos programas setoriais e estruturantes da Secretaria de Agricultura. Nos últimos tempos, fizemos investimentos em aquisição de maquinário, construções de pequenas pontes rurais, manutenção de vias e, agora, queremos desenvolver um modelo de estrada que, futuramente, possa até mesmo receber pavimentação – explicou Christino Áureo.
Em 2013, diversas vias de escoamento agrícola de Bom Jardim, Nova Friburgo, Sumidouro e Teresópolis receberam aplicação de material de revestimento primário (brita tipo bica corrida) para melhorar a condição operacional de acesso dos moradores e de escoamento da produção agrícola.
Executadas pelos escritórios de engenharia rural da Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro), essas obras representaram um investimentos de R$ 1,9 milhão, também oriundos do Banco Mundial.
Sindicato Rural de Cantagalo realiza várias atividades para seus associados
O Sindicato Rural de Cantagalo fez um balanço positivo das atuações da entidade durante 2013 em prol dos produtores rurais do município. Na área de cursos foram realizados os cursos de operação e manutenção de retroescavadeira, tratores agrícolas e motosserra. Na palestra Leite Legal, foi mostrada aos produtores e pecuaristas a importância da qualidade do leite.
A diretoria do sindicato participou de diversos treinamentos com o intuito de atualizações. Em Rio das Ostras, participou do curso Sindicato Forte. Participou das palestras de Imposto Territorial Rural (ITR) e crédito rural em Nova Friburgo; da palestra sobre legislação ambiental na Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), na cidade do Rio de Janeiro, e também da palestra ‘Legislação Ambiental e Segurança do Trabalho’, também na Faerj, no Rio de Janeiro.
Uma parceria foi feita com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio) para viabilizar vacinas da brucelose para os associados do Sindicato Rural de Cantagalo. A entidade presta os serviços de contabilidade a seus associados, com realização do Imposto Territorial Rural (ITR), feitura de contratos de arrendamentos, inscrição estadual e prestação de conta anual das propriedades rurais dos interessados.
No final do ano passado, o sindicato participou da palestra ‘Balde Cheio’, ministrada em São Sebastião do Paraíba, quarto distrito de Cantagalo, por Artur Chinelato, que é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Recentemente, o presidente do Sindicato Rural de Cantagalo, Elson de Souza Pereira, recebeu uma moção de parabenização da Câmara Municipal como reconhecimento pelos relevantes serviços que vem prestando à sociedade cantagalense. A homenagem foi prestada pelo então presidente do Legislativo, vereador Ocimar Pulunga (PSD), mas o documento também foi assinado pelos demais parlamentares.
– Agradecemos aos nossos associados pela confiança depositada em nossa diretoria – afirma Elson de Souza Pereira, que é proprietário rural e produtor rural em São Sebastião do Paraíba.
Prefeitura de Nova Friburgo compra caminhões, máquinas e usina de asfalto móvel
No intuito de resolver uma das principais carências estruturais da Prefeitura de Nova Friburgo, o Governo Municipal está licitando a compra de 54 equipamentos pesados e leves para o programa Provias, da Secretaria de Obras. A primeira licitação realizada em meados de dezembro – em fase de homologação de resultado – inclui a aquisição de 26 caminhões, entre os quais 13 basculantes, dois guindastes hidráulicos, dois carros-pipa e um limpa fossa (para desobstrução de bueiros). Também estão sendo comprados sete caminhões com carroceria de madeira e um munck.
O valor dos veículos para serem utilizados na recuperação de ruas, avenidas e estradas é de R$ 9.241.500,00, financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As taxas são abaixo das praticadas pelo mercado financeiro, através do Banco do Brasil, em 54 parcelas. A entrega dos veículos está prevista para 30 dias após a assinatura do contrato com as empresas vencedoras da licitação.
Ainda em janeiro, na segunda quinzena do mês, a Prefeitura irá licitar a aquisição de outros 28 equipamentos para o programa Provias, entre os quais uma usina de asfalto móvel, com capacidade de produção de 80 toneladas/hora. O valor da usina está estimado em R$ 1,8 milhão. A previsão é que a usina comece a funcionar 60 dias após a compra.
Além disso, o Governo Municipal também está comprando outros equipamentos indispensáveis, como retroescavadeira, escavadeira, roçadeira, motoniveladora, minicarregadeiras e demarcador viário horizontal. Ainda está prevista a compra de cortador de asfalto, compactador de solo e de placa vibratória, caminhonete 4×4, entre outros veículos, que também serão financiados pelo BNDES.