Produtores de Cantagalo poderão ser beneficiados no Programa Redes

A Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário de Cantagalo realizou, no último dia 25 de março, no auditório da Prefeitura, anexo à Secretaria Municipal de Defesa Civil e Trânsito, no bairro Triângulo, uma reunião com os membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, que teve como pauta principal o Programa Redes, do Instituto Votorantim.

Participaram do encontro o secretário municipal de Desenvolvimento Agropecuário, Rodrigo Vollú; o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Gustavo Neder; a vereadora Manuela do Paraíba (PHS), além de representantes da Associação dos Produtores de Porto Marinho, Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro), Banco do Brasil, Sindicato Rural, Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Associação Cultural, Associação dos Produtores Rurais de Boa Sorte, Associação dos Criadores de Cantagalo e Associação Vale do Santana.

Roberto Ruggeri, representante do Instituto Votorantim, explicou o Programa Redes, que é uma parceria das empresas Votorantim com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), voltado para a agricultura, irrigação e piscicultura, através de apoio financeiro aos projetos aprovados.

O programa acontece em três etapas: conhecimento das associações, elaboração de projetos pelas associações e a implantação do projeto. A primeira etapa aconteceu durante o a reunião do conselho. A próxima será o encaminhamento dos projetos que poderão ser beneficiados.

Para participar, Roberto Ruggeri lembrou que a associação deve estar com toda a documentação em dia e a licença ambiental regularizada. Ressaltou, também, que é preciso pensar em projetos que terão demandas e públicos para atender.

Rodrigo Vollú, também representando o prefeito Saulo Gouvea (PT), finalizou a reunião do conselho e garantiu que todas as associações terão a ajuda da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário para a elaboração de projetos.

Cooperativa de Macuco fatura R$ 100 milhões em 2013

O ano de 2013 manteve a tendência de crescimento da produção de leite no país. Na Cooperativa Regional Agropecuária de Macuco, o crescimento foi de 7% se comparado a 2012. O ano também foi marcado pelo aumento do preço do litro de leite para R$ 1 ao produtor, elevação de 20% se comparado, também, ao ano de 2012.

O faturamento da Cooperativa de Macuco em 2013 ultrapassou R$ 100 milhões e o resultado cresceu, se comparado com o de 2012, apesar da desaceleração da economia e crescimento relativamente mais fraco do consumo.

Dentro do processo de diversificação de produtos, em 2013, foram feitos os lançamentos do queijo cottage e do leite UHT semidesnatado. A diretoria também fez alguns investimentos no último ano, como a aquisição de dois conjuntos de geradores para atender ao setor industrial; um pasteurizador, com capacidade de 15 mil litros/hora; uma máquina para fracionar manteiga em embalagem aluminizada com capacidade de três mil kg/dia; dois veículos mercedes, uma para distribuição de derivados e um tanque para coleta de leite nas propriedades com capacidade de quatro mil litros; e um queijomatic e um conjunto monobloco para fabricação de queijos.

Alguns destes investimentos foram viabilizados através do projeto de utilização dos créditos de ICMS do Governo do Estado. O leilão de 250 animais destinados à produção de leite com prazo de 36 meses para pagamento sem juros, beneficiou vários cooperados.

Na área comercial, a cooperativa ampliou o efetivo de promotores de vendas e supervisores e passou a atender diretamente mercados estrategicamente importantes para a empresa. “Ao encerrar o exercício, agradecemos ao Conselho de Administração, ao Conselho Consultivo, ao Conselho Fiscal e aos funcionários pela colaboração e empenho na construção dos trabalhos. Agradecemos, de forma especial, o apoio de cada um dos associados”, afirmou Sílvio Marini, presidente da Cooperativa Regional Agropecuária de Macuco, no boletim oficial da entidade.

Parceria garante serviço de análise de solo em Nova Friburgo

Um dos meios de garantir o bom desenvolvimento da lavoura e o aproveitamento da área de produção é a análise e correção de solo. Em Nova Friburgo, os agricultores que procuram esse serviço contam com o Laboratório Integrado de Análises Agroambientais, criado há pouco mais de um ano e meio, com recursos da Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro).

Localizado nas dependências do Instituto Bélgica – Nova Friburgo (Ibelga), na Microbacia São Lourenço, o laboratório funciona através de parceria entre a PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UniRio (Universidade do Rio de Janeiro), Ibelga, Embrapa Solos (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Pesagro-Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro), com apoio da Prefeitura, Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro) e Defesa Agropecuária.

O laboratório oferece serviço de análise química, viabiliza pesquisas nas áreas ambiental e agrícola e complementa as atividades de formação dos estudantes dos ensinos fundamental e médio do Centro Familiar de Formação por Alternância Rei Alberto I, através de estágio, desenvolvimento de projetos, cursos e palestras.

Atualmente, o laboratório atende, também, agricultores de Teresópolis, Sumidouro e Cachoeiras de Macacu. Em média, são 25 amostras de solo recebidas a cada semana, ao custo simbólico de R$ 20 para o produtor. O valor garante a manutenção do espaço e a compra dos reagentes químicos usados nas análises. Beneficiários do Programa Rio Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura, e estudantes do Ibelga (para fins didáticos) ganham isenção da taxa.

De acordo com a bióloga e pesquisadora responsável, Mônica Santana Vianna, a análise de solo é importante para garantir a qualidade do solo e o bom desenvolvimento das culturas. “De um modo, ela garante o equilíbrio de um agroecossistema, na medida em que identifica o teor dos nutrientes no solo, orientando a aplicação racional de fertilizantes. É também um documento importante para acessar políticas públicas agrícolas dos governos estadual e federal”, explicou Santana Vianna.

A técnica agrícola e estudante de gestão ambiental Thaís Schuenk da Silva é estagiária do laboratório. Moradora de uma localidade vizinha, ela conta que conhecer os agricultores familiares da região facilita sua rotina de trabalho. “Estudei no Ibelga e fiz estágio na Emater. Tudo isso me proporcionou um ritmo de trabalho e um contato direto com o produtor. Quando comecei, achei que não fosse conseguir, mas, hoje, tiro de letra”, comemora Thaís Schuenk.

Estado inaugura escritório da Fiperj e Banco de Alimentos na Região

Lançado em 2011, no Mercado de Irajá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o Banco de Alimentos da Ceasa-RJ (Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro) é um programa contra o desperdício e de combate à fome, resultado de convênio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), que tem a Ceasa-RJ em sua estrutura.

Operando como central de arrecadação, processamento e distribuição de alimentos sem condições ideais de comercialização, mas em perfeita condição para o consumo, o programa beneficia 30 mil pessoas de mais de 150 instituições do estado.

O Banco de Alimentos do Mercado Produtor vai atender 11 municípios: Nova Friburgo, Teresópolis, Sumidouro, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim, Duas Barras, Cordeiro, Sapucaia, Cantagalo, Carmo. Duas instituições já foram cadastradas: a Apae-Nova Friburgo e a Afap (Associação Friburguense de Amigos e Pais Excepcionais).

A chegada do Banco de Alimentos a Friburgo marca a conclusão da expansão do programa, iniciada há um mês no Mercado de São Gonçalo, em Colubandê, e que prosseguiu nos mercados do Médio Paraíba (em Paty do Alferes, atendendo, também, ao Centro-Sul), Norte Fluminense (em São José de Ubá, município do Noroeste) e Noroeste Fluminense (Itaocara). 

O mercado da Região Serrana fica na localidade de Conquista, quilômetro 47,5 da RJ-130 (Rodovia Friburgo-Teresópolis). Instituições interessadas em se cadastrar devem encaminhar ofício à presidência da Ceasa-RJ com cópias dos documentos necessários.

O escritório da Fiperj da Região Serrana vai funcionar na Alameda Barão de Nova Friburgo, 131, no bairro Olaria, em Nova Friburgo, e atenderá pescadores, aquicultores e produtores rurais de mais seis municípios: Sumidouro, Duas Barras, Bom Jardim, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto e Petrópolis. São ações como assistência técnica, emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), certificação do pescado e acesso a linhas de crédito, cursos e palestras.

A unidade vai ampliar as ações realizadas na Região por Cordeiro, que continuará assistindo aos municípios de Carmo, Cordeiro, Cantagalo, Macuco, São Sebastião do Alto, Santa Maria Madalena e Trajano de Moraes e funcionando como unidade de produção de peixes.

O escritório é o último dos sete que a Sedrap começou a implantar em fevereiro, graças à ampliação do quadro da fundação (de 41 para 91 cargos de nível superior).

Na Região, o secretário Felipe Peixoto assinou os termos de cooperação técnica com os prefeitos Saulo Gouvea (PT), de Cantagalo; e Carlinhos Gomes (PSDB), de Trajano de Moraes. A medida visa oficializar e agilizar a elaboração de projetos e outras ações em parceria com os três municípios parceiros.

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