A taxa de crescimento do número de MEI foi inferior à média estadual. Entre 2011/2012, o crescimento de MEI na região foi de 33,32%, enquanto a média estadual chegou a 36,41%. “Por ser a terceira menor região em população no estado, é natural que a taxa de crescimento do MEI não acompanhe a média do estado, uma vez que os municípios de maior porte e com uma diversidade econômica maior puxam essa média para cima pelas possibilidades de mercado do MEI, seja pela demanda da própria população, seja pela via do encadeamento produtivo”, explica Fernanda Gripp, coordenadora da regional Serrana I do Sebrae/RJ (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro).
Em todo o estado, há mais de 265,5 mil empresas, das quais 97,2% são micro e pequenas. Desse total, 37,8% se concentram no setor de comércio; 48,5% no de serviços; 7,5% na indústria; 3,5% na construção civil; e 2,7% na agropecuária.
No estado do Rio de Janeiro, há 475.040 microempreendedores individuais e , no Brasil, já foram registrados 3,9 milhões. No Rio, a maioria se formaliza no setor de comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, seguido de cabeleireiros e obras de alvenaria.
O Sebrae/RJ desenvolve ações de apoio às micro e pequenas empresas e aos candidatos a empresários e também dissemina o empreendedorismo. A instituição promove capacitações para garantir que empresários estejam preparados para administrar melhor seus negócios, presta consultoria em gestão e também atua através de projetos coletivos, destinados a fortalecer segmentos específicos da economia, como o de segmento de lingerie de Nova Friburgo, que conta com apoio do Sebrae/RJ. Ao todo, o Sebrae/RJ desenvolve, hoje, 172 projetos e atividades, atendendo, por meio dessas iniciativas, cerca de 172 mil micro e pequenas empresas.
O Sebrae/RJ também atua na formulação e apoio a políticas públicas de incentivo aos pequenos negócios. A instituição tem trabalhado pela implementação nos municípios da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que traz uma série de benefícios para os pequenos negócios, como incentivo à desburocratização e ao ampliação da participação das micro e pequenas nas compras dos governos.
Macuco tem a maior taxa de sucesso em empreendedorismo no estado
O empreendedorismo tem sido importante aliado na recuperação econômica da Região Serrana. Hoje, as micro e pequenas empresas respondem por 69% dos empregos formais e 58% da massa salarial paga nos 12 municípios que integram a Região Serrana I do Sebrae/RJ, composta por Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu, Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Nova Friburgo, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sumidouro e Trajano de Moraes.
Esses percentuais estão bem acima da média do estado, que é de 45% para a geração de empregos e 30% para a massa salarial. Os dados fazem parte do Painel Regional, elaborado pelo Observatório Sebrae/RJ, em parceria com o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets).
O levantamento mostra, ainda, que a região tem a quarta maior taxa de sucesso de empreendedorismo no estado (9,3%), atrás da cidade do Rio de Janeiro (10,8%), da Região Serrana II (9,9%) e da Região do Médio Paraíba (9,4%). A taxa de sucesso do empreendedorismo é medida pelo Sebrae/RJ, levando em consideração o percentual de empregadores no total de empreendedores, que inclui os conta-própria. Ao medir a quantidade de atividades que empregam, é possível avaliar o peso desses negócios no desenvolvimento da economia e na geração de renda.
– Além de estar bem posicionada entre as regiões fluminenses, a Serrana I abriga o município com a maior taxa de sucesso no empreendedorismo no estado, que é Macuco, com 18,7%. Além disso, outros municípios da região têm índice superior à média do estado, que é de 8,7%. Para se ter uma ideia, Nova Friburgo está com 12,4%; Cordeiro, com 10%; e Cantagalo, com 9,7% – explica Armando Clemente, diretor do Sebrae.
Durante um encontro com a imprensa regional, realizado no Hotel Bucks, em Nova Friburgo, os representantes do Sebrae/RJ apresentaram estes números, baseados no Painel Regional produzido pela instituição.