Mas, embora seja natural de Cordeiro, sua carreira começou bem longe daqui, no estado de Pernambuco. Seu primeiro contrato profissional foi com o modesto time do Pesqueira, em 2013. Lá, ele foi destaque no campeonato estadual, marcando 13 gols e levando o time do interior bem próximo da inédita classificação para as semifinais. Com isso, ele foi contratado pelo Sport Recife por R$ 250 mil. Antes disso, porém, ele foi destaque no time do Vitória de Santo Antão, pela Série A2 do campeonato pernambucano.
Antes, ainda, ele ficou um tempo trabalhando em um cybercafé e como pedreiro em Nova Friburgo, treinando no tempo que sobrava no time do Friburguense. “Eu dava sempre o meu melhor, corria atrás, mas os clubes não tinham estrutura para manter os jogadores. Não tinham casa pra (o jogador) morar, não tinham dinheiro nem pra passagem… E mandavam embora. E como eu não tinha condição boa, não tinha como me manter, não tinha empresário, fui desanimando até largar o futebol. Fui trabalhar em cyber e em obras”, lembra. “Depois, me chamaram de novo pra jogar num clube, o Carapebus, do interior do Rio de Janeiro. Meu irmão começou a me ajudar, pagando as passagens para eu ir treinar”, conta Jonathan.
Hoje, ele é agenciado pelo empresário Carlos Leite e passou por quatro times profissionais: Pesqueira, Sport, Audax Rio e Macaé. Com o afastamento do clube campeão da Série C e o término de contrato neste mês, ele está à procura de um novo clube. Até agora, foram mais de três mil minutos em campo em 37 jogos como profissional, tendo marcado 19 gols (média de 0,51 gols por jogo).
Entre os títulos individuais, está o troféu de jogador revelação do Campeonato Pernambucano 2013 no Troféu Lance Final. Mas suas atuações irregulares pelo Macaé não deixam claro qual será seu futuro. Vale destacar que, no começo do ano, Jonathan Balotelli esteve próximo de fechar com o Botafogo antes de ir para a Região dos Lagos.
Sobre o apelido que o marcou, ele explica que “ia lançar o moicano para ficar parecendo o Neymar, mas o pessoal viu como ficou e falou pra pintar de loiro pra ficar parecido com o Balotelli. Disseram “aí, já põe tudo junto”. Fiz igualzinho, mas não ficou completo, ficou pela metade, mas tudo loiro mesmo. Foi na concentração, com o Pesqueira. Meu colega David deu a ideia de pintar de loiro. Então, foi uma ideia conjunta”, conta Jonathan Balotelli.
Sobre a dispensa do Macaé, anunciada como férias antecipadas para ele e outros jogadores do elenco, ele afirma: “não esperava que fosse assim. Mas agradeço ao técnico Josué pela oportunidade. Sei que não consegui fazer um bom campeonato no começo, cresci na final. Minha opção não era sair, era ficar. Mas tenho que caminhar”, explicou o atacante.