Um segundo mandato trôpego

Os brasileiros que se ligam na política, mas que, principalmente, estejam sintonizados com o que rola nesse mundo, já devem ter observado que o segundo mandato da senhora sabe tudo Dilma Rousseff começa com maus presságios, tendo em vista tudo o que se noticia a respeito de detalhes de extrema importância, que, para contrariar a “presidenta”, ninguém vê em que isso pode resultar. Pesquisa do Instituto de Pesquisa Data Folha destaca que sete em cada dez entrevistados citam Dilma como uma das responsáveis pela roubalheira descarada ocorrida na Petrobras, e, como já se sabe, a investigação sobre as ações do governo no que se refere a grandes obras irá se estender para todos os setores que envolvem grandes investimentos governamentais como, por exemplo, nas grandes obras comandadas pela Eletrobras, e outros setores onde rola muita grana e que, por isso, os políticos ligados ao governo disputam quase que a tiros, uma vaguinha de diretor.

Além de estar às voltas com a necessidade de mexer na lei para fugir da responsabilidade fiscal que determinava a economia de algumas centenas de milhões de reais para fazer face ao pagamento da enorme dívida pública, que cresceu horrores no ano da eleição para garantir a sua permanência no poder, passou por um tremendo susto com a dificuldade encontrada no Congresso para lhe dar cobertura, já que a oposição, ao que parece, sob a liderança de Aécio Neves, pretende realmente ser “oposição” e fazer valer os 50 milhões de votos recebidos na última eleição. Além disso, o escândalo da Petrobras com os depoimentos de componentes da diretoria, que, hoje, estão no foco das denúncias, são unânimes em afirmar que a responsabilidade da compra da Refinaria de Pasadena, era do Conselho de Administração que Dilma presidia. Vamos aguardar o indiciamento dos grandes empreiteiros, assim como o enquadramento dos ex-diretores que lidaram com o mau uso do dinheiro da Petrobras, que, em último caso, é nosso também.

*Joel Naegele é vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), conselheiro do Sebrae-RJ (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro) e membro da Câmara Setorial de Agronegócios da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

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