Se existe alguma coisa difícil de entender no Brasil nos dias de hoje é o modelo de convivência política no âmbito do Governo Federal, quando a senhora Dilma Rousseff se obriga a conviver com um ministro da Fazenda cuja orientação econômica contraria visceralmente tudo o que fazia a senhora Dilma no seu primeiro mandato, quando sustentou, por todo o período, um ministro inexpressivo como o Mantega. Obediente e passivo, o ex-ministro jamais conseguiu dizer a que veio e as imbecilidades da “gerentona” se impuseram e a economia do país entrou em colapso e os brasileiros estão, agora, pagando o alto preço das tolices praticadas em uma área crucial como a gestão das políticas públicas ligadas à economia e finanças.
Os sacrifícios que o povo brasileiro vai ser obrigado a fazer até quando não se pode prever irão mostrar aos que acreditaram em contos da carochinha que a sua reeleição, ao invés de se constituir em consagração, está se mostrando um castigo, cujos resultados já se fizeram sentir na queda da sua popularidade e na forte desconfiança demonstrada pelas espetaculares manifestações já ocorridas e que ainda irão acontecer em breves dias.
É assim o processo político. Os eleitores irão aprendendo aos poucos a não confiar em demagogos, falsos profetas e aproveitadores que, na realidade, não chefiam ou comandam partidos políticos e sim verdadeiras quadrilhas como as do “petrolão”, que aconteceram pouco depois do “mensalão”. Atrás de tudo isso está o PT e suas lideranças.
*Joel Naegele é vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, conselheiro fiscal do Sebrae-RJ e membro da Câmara Setorial de Agronegócios da Alerj.