O advogado Eduardo Galil, que já foi prefeito do município de Trajano de Moraes e deputado federal, critica as contratações das prefeituras para coleta de lixo nas cidades do país. Galil acredita que o destino do lixo deve ser resolvido pela administração pública e que ela deve ser responsável por toda cidadania.
– É uma opinião que se destina ao Brasil inteiro: o lixo virou ouro no país. A questão do lixo é para ser resolvida pela administração pública de forma a dispensar essas “empresas” privadas, que trazem consigo certas ofertas de empregos, de duvidoso respeito aos direitos dos empregados e aluguéis de máquinas retroescavadeiras – afirmou.
A respeito da Prefeitura de Trajano de Moraes, o ex-prefeito diz que a cidade tem cidadania garantida e que a instituição deve ser capaz de ofertar qualidade em diversos serviços essenciais para os cidadãos.
– A Prefeitura de Trajano é, sem dúvida, o órgão de garantia da cidadania do povo trajanense. É também essa sua obrigação e finalidade. Por essa razão, tem que ser a instituição capaz de ofertar saúde e educação de qualidade, segurança pública, saneamento básico, obras de infraestrutura, água, estradas viáveis, calçamento e iluminação pública – disse.
Quando o assunto é emprego, Galil afirma que “trabalho é o mais importante e as pessoas não podem e não estão obrigadas a deixar o município para trabalhar fora”. Para ele, muitos trajanenses perderam o sonho de trabalhar em Macaé. Nova Friburgo já não possui uma maior oferta de emprego e o problema do lixo é mais um agravante.
– O trabalho é o ponto mais importante neste momento trajanense. E o mais desgraçado abismo da nossa administração pública é o contrato do lixo priorizado por muitos anos, isso é inadmissível. Com esse tipo de contratação, esquecemos dos salários dos funcionários e de maior ajuda aos alunos universitários, ao turismo, e principalmente ao alavancamento da nossa agricultura, essa que merece uma revolução em tecnologia produtiva – afirmou o ex-prefeito.
Galil disse ainda que espera respostas dos políticos e que este ano eleitoral será decisivo para muitas questões.
– Com relação ao lixo, vamos aguardar a palavra dos nossos líderes municipais, vereadores que querem ser prefeito, para saber porque aprovaram essa imundície, esse desperdício, essa contratação diabólica, cujo trabalho o município sempre realizou sem precisar contratar nada. Em 2016, o povo vai decidir, eu conheço a minha gente e os irmãos de luta podem tardar, falhar nunca – finalizou confiante.
– O lixo no Brasil merece uma investigação profunda do Ministério Público Federal e Estadual, para sabermos até onde está envolvido em campanhas eleitorais. Isso é urgentíssimo, existem municípios que gastaram mais em lixo do que em saúde pública – conclama Eduardo Galil.
