Catadores recolheram toneladas de resíduos sólidos nas arenas dos jogos olímpicos

Mais de 150 toneladas de resíduos sólidos já foram recolhidas nas arenas esportivas pelos catadores de materiais recicláveis que, pela primeira vez na história dos jogos olímpicos, participaram da coleta seletiva. Do total coletado, 56 toneladas foram destinadas para a reciclagem, das quais 38 toneladas eram de papelões, 12 toneladas de material plástico e quatro toneladas de metais.

A destinação adequada desses resíduos, além de gerar renda para os catadores, proporcionou para o meio ambiente uma economia de 3.827 metros cúbicos de água e de 227 megawatts (MWh) hora de energia e preservou 1.166 árvores.

O inédito ‘Projeto de Reciclagem Inclusiva: Catadores nos Jogos Rio 2016’ foi lançado no dia 29 de julho pelas secretarias de estado do Ambiente, Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e a Autoridade Pública Olímpica (APO). 

No total, 240 catadores de 33 cooperativas e três redes estão atuando nas instalações olímpicas de Deodoro, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca e no Maracanã. “Fortalecer e abrir mercado para cooperativa de catadores é nosso principal objetivo com esse projeto. Quem faz isso numa olimpíada está qualificado para fazer em todos grandes eventos no estado”, disse o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa.  

O projeto de reciclagem inclusiva é operacionalizado pelo projeto Catadores em Rede Solidária (CRS), da Secretaria do Ambiente. A ação conta com apoio da Coca-Cola, parceira Master da Rio 2016, que viabilizou a confecção dos uniformes usados pelos catadores e outros materiais de apoio e divulgação.

– O mais importante desse projeto é o legado de reciclagem que vai ser deixado para os nossos catadores. Esse legado vai servir de exemplo para as próximas olimpíadas. Na realidade, é a primeira vez na história das olimpíadas que os catadores vão receber um valor pelo serviço prestado, uma diária mínima de R$ 80, e depois todo o material reciclado coletado, estimado em mais de três toneladas, será vendido e o valor revertido para eles – ressaltou o coordenador do programa Ambiente Solidário, da Secretaria Estadual do Ambiente, Ricardo Alves.

A presidente do Movimento Nacional dos Catadores, Claudete Costa, agradeceu o envolvimento e mobilização de todas as autoridades governamentais e empresas parceiras, o que possibilitou a inclusão dos catadores nos Jogos Rio 2016.

– Gostaria de agradecer o empenho da Secretaria de Estado do Ambiente e demais envolvidos, porque, se não estivéssemos conosco, esse evento não estaria acontecendo e não estaríamos prestando esse serviço. Então, meu carinho e respeito pela valorização da categoria do profissional de reciclagem. Esse não é só mais um evento que a gente vai estar prestando serviço, é um evento que traz mais um respeito para nossa categoria, uma luta de anos e anos – disse entusiasmada.

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