O objetivo é capacitar as comunidades em áreas de risco para atuarem de forma preventiva, pró-ativa em relação ao grau de percepção de risco, e consolidar os procedimentos e condutas de evacuação perante o acionamento do sistema de alerta-alarme.
A evacuação das residências ocorreu de forma ordeira, com a passagem dos agentes da Defesa Civil, bombeiros e equipes voluntárias capacitadas. As pessoas eram orientadas a sair de casa e a se dirigir ao ponto de apoio, localizado na Praça Primeiro de Março.
No panfleto que foi distribuído, as pessoas receberam informações de como agir quando a sirene tocar. O primeiro passo é reunir a família, seguido dos documentos e remédios necessários. Desligar a chave de luz e gás, o que é fundamental antes de sair de casa para o ponto de apoio. Placas sinalizadoras indicavam a melhor rota de fuga, que deve ser feita de forma ordeira e tranquila.
De acordo com João Paulo Mori, da Coordenadoria de Defesa Civil de Nova Friburgo (Condec), no Vilage foi instalada uma sirene com oito cornetas. Ele lembrou que o simulado é uma campanha de esclarecimento, fundamental nesse momento em que Nova Friburgo está vulnerável.
O morador da Rua Humberto Santos e presidente da Associação de Moradores do bairro Vilage, João Carlos Rodriguez, que perdeu sua casa em janeiro, concordou que o simulado irá ajudar muito, pois “seremos avisados cinco, seis horas antes e as pessoas poderão se precaver. É bom ficarmos prevenidos. Excelente a ideia da Defesa Civil”.
O prefeito Dermeval Neto disse que a ação foi o esforço dos governos federal, estadual e municipal. “Mais uma vez, estamos juntos. Temos que estar unidos desde sempre”, disse. Ele enfatizou que a Prefeitura irá limpar os bueiros e galerias, colocar equipes na rua verificando problemas, para garantir a conservação.
Sérgio Simões, comandante geral do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, avaliou o simulado positivamente, com um nível de organização e capacidade de participação da comunidade muito boa. “Justamente num sábado, dia de descanso, percebemos essa boa mobilização, o que não é fácil de conseguir. Fico muito feliz de ver que estamos no caminho certo”, disse.
Já Alexandre Gomes, coordenador do Departamento de Minimização de Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil, do Ministério da Integração, disse que o exercício tem como objetivo analisar o processo como um todo. “Não existe a expectativa de se encontrar um pacote pronto e testá-lo para ver se está definitivamente funcionando. O enfoque é analisar esse funcionamento e detectar os pontos que precisam ser melhorados. E nesse aspecto a ação foi positiva”, destacou.
Alguns grupos de observadores também participaram, como as universidades federais de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além da Promotoria do Ministério Público Estadual – Tutela Coletiva. Segundo a promotora do MPE, Luciana Soares Rodriguez, foi positivo o simulado, apesar de algumas questões ainda terem que ser avaliadas, como o deslocamento de pessoas com necessidades especiais.