O grupo mantinha uma tabela de valores que eram exigidos das famílias para garantir regalias aos presos, que, em muitos casos, deixavam as celas para praticar crimes. Denunciados pelo Ministério Público Estadual, 16 integrantes do bando tiveram as prisões decretadas e foram alvo da Operação Faraó, deflagrada dia 08/11.
A atuação da quadrilha era investigada por agentes da Corregedoria Geral Unificada (CGU) e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Investigação Penal (PIP) de Nova Friburgo. Interceptações telefônicas mostram que o bando agia, pelo menos, desde o início do ano.
Numa conversa gravada em 17 de agosto, por exemplo, o preso Lúcio Ribeiro se passa por policial. No outro lado da linha, sem saber do esquema, um inspetor da 14ª DP (Leblon) tentava confirmar se o ex-PM Luiz Flávio Júnior continuava encarcerado na Polinter de Nova Friburgo. O ex-policial, que deveria estar no cárcere, havia sido reconhecido por uma vítima assaltada horas antes no Leblon, na Zona Sul do Rio, a 140 quilômetros de Nova Friburgo.