Os recursos foram depositados na conta da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) em 11 de maio, ao invés de terem sido depositados na conta da Empresa de Obras Públicas (Emop). Isso atrasou a movimentação dos recursos, pois, somente no dia 2 de agosto, foi publicada uma resolução conjunta Seeduc/Emop, nº 623, para que os recursos pudessem ser utilizados. Tanto que ainda existem unidades escolares aguardando o fim das obras iniciadas por empreiteiras contratadas pela Emop e que suspenderam os serviços por falta de pagamento.
Agora, a Emop está vistoriando as obras para identificar o que foi feito em cada unidade e, então, realizar o pagamento devido às empresas. Somente após a finalização deste processo, a Secretaria de Educação de Friburgo poderá providenciar a finalização das obras, pois não era possível iniciar novas obras sem que a Emop fizesse a vistoria.
Além disso, os recursos para a construção de novas escolas também não foram liberados até o momento. Mas todo esse imbróglio burocrático está chegando ao fim. O subsecretário da Reconstrução da Região Serrana, Affonso Monnerat, fez contato com o secretário de Educação, Marcelo Verly, solicitando um levantamento dos terrenos onde há necessidade de construção de novas unidades e esteve pessoalmente na Secretaria de Educação, em Nova Friburgo, no último dia 25 de novembro, para conversar com o secretário e levar a documentação que havia solicitado, cujo ofício foi assinado pelo prefeito em exercício Sérgio Xavier.
A Secretaria de Educação pede a liberação de recursos para a reconstrução das unidades Izabel Jovelina Monteiro e José Alves de Macedo, ambas soterradas em janeiro, e para a construção da Maria Inês Bachini e Adezir Almeida Garcia, unidades situadas em Córrego Dantas e que foram interditadas pela Defesa Civil.
No início do ano, os alunos de Nova Friburgo enfrentaram sérias dificuldades. A tragédia destruiu várias unidades e comprometeu outras, tudo isso exatamente no período de início do ano letivo. Rapidamente, a Secretaria Municipal de Educação correu contra o tempo para garantir que os estudantes não tivessem o ano comprometido, e conseguiu. O ano chega ao fim com o cumprimento das metas por parte das escolas, que conseguiram superar as dificuldades e mostrar que o ano letivo chega ao fim como um espelho da garra e da luta de um povo, que trabalha para superar o sofrimento e se reerguer a cada dia.