‘Antes de trabalhar na 94 FM, não tinha o hábito de ouvir rádio’

Entrevista: André Duarte, locutor, técnico de segurança e do meio ambiente

Um pouco da sua história e do que aprende como a comunicação em rádio. Trata-se da entrevista com André Duarte, comunicador da Rádio 94 FM.

Jornal da Região (JR) – Quando e onde começou sua carreira?

André Duarte (AD) – Comecei minha carreira em meados de 1991, quando ganhei uma fita cassete e fui à Rádio 94 FM procurar saber quem era o artista, e, assim, passei a frequentar a emissora com mais frequência. Um dia, falei alguma coisa no estúdio e vazou no ar. Paulinho (diretor) ouviu, gostou e me perguntou se gostaria de fazer um teste. A primeira impressão não foi legal e fiquei meio desiludido. Nesse período, a rádio mudou de endereço e tive que esperar um pouco, mas insisti. Ganhei um estágio, que era de meia noite às 6 horas, de segunda a sexta-feira. Tive minha carteira de trabalho assinada em 1º de março de 1993. A partir daí, segui meu caminho, fui folgador, trabalhei em todos os horários da Rádio 94 FM e estou no ar até hoje.

JR – O que você mais gosta de fazer: locução em rádio ou em eventos?

AD – Apesar de fazer locução em eventos, gosto mais da locução em rádio.

JR – Você também participa de jornadas esportivas na Rádio 94 FM. Como começou a fazer isso?

AD – Entrei na Jornada Esportiva quando a rádio começou a fazer as transmissões em 2005/2006. Eu fazia somente o plantão, informando gols em outras partidas. Na época, ainda sem internet, ficava ouvindo outras rádios e repassando os resultados. Tive o prazer de trabalhar com grandes profissionais nessa área, como Nílson Leão, Ricardo Vieira, Alex Oliveira, Wanderlei Araújo, Roger Noronha e com o saudoso Alexandre Viana, que nos deixou este ano. Alexandre foi meu mestre. Hoje, faço comentários graças a ele, que sempre, com muito carinho e paciência, me ensinou tudo o que sei nesse segmento. Nunca fiz narração, o que, por sinal, a rádio está muito bem servida com os competentes Nílson Leão e Ricardo Vieira. Ainda falando de esporte, faço há muitos anos as ‘Rapidinhas do Esporte’, de segunda a sexta-feira, às 10h30min., ao lado de Nílson Leão, que tem mais de 30 anos de profissão, o que facilita bastante pra mim.

JR – Cite um fato curioso ocorrido durante seu trabalho na rádio.

AD – Vários fatos curiosos acontecem com um locutor de rádio. Gosto de salientar sempre o carinho que os ouvintes têm com a gente. Tenho todas as cartas, cartões de natal e de aniversário guardados. Um fato me emocionou muito, quando acabei de ler uma ‘Reflexão do Dia’, quadro que faço de segunda a sexta-feira, às 10 horas, e uma ouvinte, aos prantos, disse que acabaria com sua vida naquele dia e que a reflexão que foi lida salvou sua vida. Até hoje, me arrepio só de pensar. Fica aquela certeza de que vale a pena.

JR – Você é técnico de meio ambiente, concursado na Prefeitura de Macuco, mas atuando na comunicação daquele município. Qual é seu trabalho na Prefeitura?

AD – Sou técnico ambiental e de segurança do trabalho. Fiz concurso público para a Prefeitura de Macuco em abril de 2010 e fui chamado em setembro do mesmo ano, onde atuo até hoje. E, paralelamente, ajudo na Assessoria de Imprensa, fazendo o informativo na Rádio 94 FM e alguns eventos da Prefeitura.

JR – Qual sua preferência musical? E sobre sua ida ao Rock in Rio?

AD – Minha preferência musical é o rock, mas não tenho preconceito com nenhum ritmo musical. Só sou da opinião de que tem que ter qualidade, e em qualquer ritmo (inclusive o rock) existe o bom e o ruim. Hoje, apresento, de segunda a sexta-feira, o ‘Show da 94’, onde são executadas músicas de todos os gêneros. Aos sábados, das 23h a 1 hora, apresento, ao lado do amigo Edson Pinheiro, o ‘Guitarras do Rock’, e, aos domingos, das 9h às 12h, o ‘Só se for Nacional’. Portanto, bem eclético. Este ano, pude ir pela primeira vez ao Rock in Rio, acompanhando meu filho mais velho, para assistir o show do Metallica, que foi sensacional.

JR – Vale a pena ser radialista? 

AD – Ser radialista é tudo pra mim, uma cachaça, como falamos. Amo o que faço, a emissora onde trabalho e os ouvintes. Vale a pena ser radialista pela troca de experiências, por ser confidente, por fazer alguém feliz, por ser carona, companheiro para alguém solitário, por estar presente no dia a dia das pessoas. É muita responsabilidade quando abrimos o microfone e falamos para tantas pessoas que esperam de nós uma palavra que querem ouvir. Enfim, é o que me dá prazer.

JR – Quem é seu ídolo?

AD – Antes de trabalhar na 94 FM, não tinha o hábito de ouvir rádio (chega a ser engraçado), mas gosto de ouvir aqueles que me fazem ficar emocionado. Para ser comunicador, não necessariamente precisa ter voz bonita. Para mim, é se fazer entender, chegar às pessoas e emocionar.

JR – Algum agradecimento?

AD – Deixo aqui meu agradecimento especial a Deus; ao Paulinho, que é mais que um chefe, é um amigo particular; à minha família, que é meu alicerce; aos ouvintes, que são o motivo de tudo; à Rádio 94 FM, que é uma empresa que me orgulho muito em trabalhar e que mudou minha vida; e a todos que, desde o início, me ajudaram para que eu chegasse até aqui. Sempre digo que tive sorte de conviver com os amigos da Rádio 94 FM, com quem aprendo todos os dias. Abro parênteses e agradeço aos eternos e saudosos amigos Telmo Santana e Alexandre Viana, que foram muito importantes para mim nessa caminhada. Ao JORNAL DA REGIÃO agradeço a oportunidade de contar um pouco da minha profissão.

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