“Ao longo desses 30 anos, contribuímos para o desenvolvimento da região”

JR: O que representa para a empresa completar 30 anos em Cantagalo?
AM: A consolidação do grupo e da marca dos nossos produtos no mercado do Rio de Janeiro, como, por exemplo, o cimento Mauá, que é líder de vendas no estado. Além disso, mostra o amadurecimento da nossa cultura na região, compartilhada com nossos empregados, prestadores de serviços, clientes, poder público, fornecedores e as comunidades onde atuamos. Ao longo desses 30 anos, contribuímos para o desenvolvimento da região e implementamos várias ações em parceria com a comunidade. Essas ações, até hoje são lembradas pelos moradores da comunidade. Outro ponto que mostra a consolidação do nosso trabalho é que obras de grande porte, como a Ponte Rio-Niterói, o Cristo Redentor e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, foram construídas com produtos da Lafarge.
JR: Quantos empregos a Lafarge oferece direta e indiretamente na região? Qual a produção anual da fábrica?
AM: Ao todo, a unidade Cantagalo conta com uma equipe de 247 pessoas, são 160 empregados contratados e 87 prestadores de serviço. A capacidade de produção da fábrica é de um milhão de toneladas de cimento.
JR: Neste período, a Lafarge realizou alguns programas sociais, como as Olimpíadas Estudantis, festivais de música sobre segurança do trabalho, Coral Mauá e, agora, o projeto de palestras para despertar, nos jovens, a aptidão profissional. Por que a empresa realiza estas ações?
AM: A Lafarge tem a preocupação com o desenvolvimento e a geração de emprego para os jovens da região. Por isso, a empresa se propõe a ajudar a comunidade criando oportunidades para que eles encontrem o melhor caminho para um futuro próspero. Sempre estaremos atentos a novos projetos para que seja possível dar oportunidades a esses jovens.
JR: Nesses 30 anos da fábrica na região, o que mais se destacou para a empresa?
AM: A boa relação que temos com os nossos empregados em termos de disponibilidade, comprometimento e vontade de “fazer acontecer” para ver a fábrica crescer. Nesses 30 anos, temos muito a agradecer aos nossos empregados, que tanto contribuem para que a Lafarge alcance seus objetivos.
JR: A fábrica de cimento Lafarge tem um convênio com a Prefeitura de Cantagalo para  a queima de resíduos. O que é isso, na prática?
AM: Cantagalo foi a primeira unidade da Lafarge no Brasil a adotar, em dezembro de 2002, a tecnologia do coprocessamento. O aprimoramento dessa tecnologia permitiu que hoje fosse possível destruir, além dos resíduos industriais, os resíduos da compostagem e resíduos não-recicláveis do lixo urbano, transformando-os em fonte de calor para abastecimento do forno fabril. Ou seja, conseguimos substituir os combustíveis fósseis. Após a coleta seletiva do lixo do município de Cantagalo, 20% dos resíduos sólidos, que não podem ser reciclados, são triturados e utilizados como combustível na fabricação de cimento. A Prefeitura de Cantagalo e a nossa unidade foram pioneiras dessa prática, e, hoje, estamos contribuindo para que muitas outras unidades fabris e também o poder público possam resolver o problema do lixo urbano de forma sustentável. O convênio que a Lafarge tem com a Prefeitura está em linha com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
JR: Quanto a empresa investe na recuperação do meio ambiente da região?
AM: Nos últimos três anos, a Lafarge investiu R$ 45 milhões na modernização da unidade e em programas de preservação ambiental. Esses investimentos mantêm a empresa em conformidade com as exigências dos órgãos ambientais e com a própria Política de Meio Ambiente da Lafarge. Recentemente, fizemos a substituição do filtro eletrostático por um filtro de mangas, que é mais eficiente para o controle da emissão de poeira no processo produtivo do cimento.
JR: Dentro das reservas calcárias da Lafarge está localizada uma gruta. Como está a preservação?
AM: A Lafarge adquiriu o terreno onde a gruta está localizada em janeiro de 1989 e só a partir dessa data passou a dividir a responsabilidade pela conservação do local, em parceria com os órgãos ambientais e a Prefeitura de Cantagalo. A empresa fez restrições ao acesso da gruta para evitar a invasão da reserva ambiental e, atualmente, mantém o local isolado sem qualquer tipo de exploração. Hoje, somente pessoas credenciadas e habilitadas podem ter acesso à gruta, conforme a orientação dos órgãos ambientais. Estamos disponibilizando uma área de 125 hectares para reserva legal em torno da área.

JR: O escritor Euclides da Cunha nasceu próximo à fábrica Lafarge, numa antiga fazenda. A empresa continua mantendo uma relação cultural com o movimento euclidiano?
AM: Mantemos a preservação do local onde o escritor Euclides da Cunha nasceu, na Fazenda Saudade. Memorizamos esse marco por meio de um busto dele, e estamos sempre recebendo visitantes que querem conhecer a origem de uma época gloriosa da nossa cultura. Sempre que possível, apoiamos o movimento euclidiano que promove visitas de intelectuais de outras partes do Brasil e mesmo do exterior, que vêm conhecer Cantagalo.
JR: A Firjan criou, recentemente, uma Comissão Intermunicipal para Cordeiro, Cantagalo e Macuco, visando atender melhor os interesses das indústrias. Qual sua opinião sobre o assunto?
AM: É importante a participação da Firjan na região, pois pode contribuir para o desenvolvimento dos empresários e empresas locais. A Firjan possui um vasto horizonte de atuação em capacitação técnica e gerencial, o que é de extrema importância para o crescimento empresarial. Participo do Conselho Empresarial da Firjan em Nova Friburgo e, desde então, reconheço o tanto que aprendi e conheci sobre os problemas locais e suas soluções. Acredito que os empresários locais terão uma grande oportunidade com o apoio da Firjan, acelerando o crescimento da região e captando novas oportunidades de negócios. Tudo isso será traduzido em novos empregos e desenvolvimento econômico. O desafio agora é fazer com que os empresários locais transformem esse apoio em novas oportunidades de negócios. Algo que nós esperamos é que esse apoio possa trazer melhorias no modal de transporte para o escoamento da produção local.
JR: Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil, a construção civil está aquecida. Como está a venda de cimento na região? Há expectativa de aumento nas vendas nos próximos anos em razão desses eventos?
AM: Os reflexos esperados pelas realizações da Copa do Mundo e Olimpíadas são extremamente positivos. Eventos desse porte, associados ao bom momento da economia, manterão o mercado aquecido, pois motivam obras em diversos setores (infraestrutura, estádios, hotelaria, habitação, etc.), favorecem muitas oportunidades e geram milhares de novos empregos e renda. Tudo isso se reflete no varejo, que é nosso principal canal de venda de cimento. Em Cantagalo, por exemplo, estamos operando com a capacidade máxima da fábrica e tivemos um crescimento de 5% nas vendas este ano, se comparado com o ano de 2010. Para 2012, a perspectiva é de crescimento de até 7% nas vendas em todo o estado do Rio de Janeiro.

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