Diferente do que ocorreu em quase todo o ano, o último trimestre de 2019 apresentou queda da atividade produtiva no Centro-Norte Fluminense. A Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira (18) pela Firjan, revela que o indicador de volume de produção ficou com 47,8 pontos, mostrando um quadro de oscilação. O nível de estoques aumentou (53,1) e ficou acima do planejado (52,1). O resultado também afetou o índice que avalia a Utilização da Capacidade Instalada (66%), que reduziu diante do trimestre anterior, mas que mostra evolução diante a 2018 no acumulado.
Apesar de uma pequena melhora na saúde financeira das empresas, os empresários seguem insatisfeitos com a margem de lucro (39,7) e a dificuldade de acesso ao crédito (37,5).
Em relação aos próximos meses, os industriais mantiveram o otimismo de avaliações anteriores e os indicadores apontam expectativas positivas superiores à média nacional e do Estado, inclusive com a possibilidade de novas contratações (56,1). Eles acreditam também que haverá aumento da demanda por produtos industriais (65,2) e, consequente, compra da matéria-prima (61,0). Mais uma vez as exportações (58,3) surgem como alternativa para o equilíbrio da balança. Em reflexo, os industriais esperam realizar novos investimentos no primeiro seis meses de 2020.
“Os resultados mostram uma situação diferente do que foi vista ao longo de 2019, com atividade produtiva e indústrias avançando, mesmo que lentamente. Este quadro é importante para nos mostrar que o País e o Estado do Rio ainda precisam avançar em questões estruturais que garantam o desenvolvimento econômico sustentável da nossa região”, explica Carlos Eduardo de Lima, presidente da Firjan Centro-Norte Fluminense.
Participaram da sondagem industrial empresas de Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu, Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Nova Friburgo, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sumidouro e Trajano de Moraes.