O aumento de casos do novo coronavírus no País acendeu o sinal de alerta entre a população e gestores públicos. Por conta disso, especialistas e autoridades de saúde cogitam possibilidade de aumentar as medidas de isolamento social em diversas localidades.
No estado de São Paulo a taxa de ocupação de leitos de UTI vem crescendo neste mês, passando de 39,5% em 5 de novembro para 47,4% no último dia 22. Na Grande São Paulo, esse percentual chegou a 55,2%. Na última semana, o governador João Dória (PSDB) prorrogou a quarentena no estado até 16 de dezembro. Segundo a Secretaria estadual de Saúde medidas mais restritivas poderão ser adotadas caso os registros do coronavírus aumentem no estado.
De acordo com o Imperial College de Londres, a taxa de transmissão da Covid-19 passou de 0,68, no dia 10 deste mês, para 1,10 em 17 de novembro. Isso significa que cada grupo de 100 infectados pela doença transmite o vírus para outras 110 pessoas. Quando está abaixo de 1, o índice aponta uma tendência de estabilização da enfermidade.
Para a infectologista Joana D’arc, ao contrário da Europa, onde os casos do novo coronavírus voltaram a crescer após uma acentuada queda, o Brasil ainda não teve uma diminuição significativa dos registros da doença. Ela acredita que as autoridades públicas brasileiras falharam ao tomar ações eficazes para evitar um maior alastramento do vírus.
“O Brasil não cumpriu como os outros países na questão de estratégias mais efetivas [de contenção do vírus]. Essas nações promoveram ações contundentes, como o isolamento, distanciamento e com proibição de circulação de pessoas.”
Walter Ramalho, epidemiologista e professor da Universidade de Brasília (UnB), acredita que ainda falta uma certa conscientização das pessoas quanto ao risco da Covid-19. “Neste momento, as pessoas estão achando que a doença acabou. As pessoas que estavam isoladas passaram a frequentar shoppings, restaurantes, o que acarretou em um aumento no número de casos”, explica.
Estados como Rio Grande do Sul e Pernambuco têm apresentado alta no número de registros do coronavírus nos últimos dias. Até o último domingo, dia 22 de novembro, segundo o Ministério da Saúde, o País contabilizava 6.071.401 casos e 169.183 óbitos acumulados da Covid-19.
Nos municípios da região, os casos também tem tido aumento. Baseados nos boletins das Secretarias Municipais de Saúde, os casos de covid-19 até o dia 22 de novembro são: Cantagalo: 488 casos; Cordeiro: 472 casos, Trajano de Moraes: 144 casos; Nova Friburgo: 4.348 casos; Duas Barras: 124 casos; Bom Jardim: 287 casos; Carmo: 299 casos; Itaocara: 462 casos; Macuco: 144 casos e São Sebastião do Alto: 117 casos.
O município de Trajano de Moraes foi o último do Estado do Rio de Janeiro a ter caso confirmado de covid-19.
No boletim divulgado pela Prefeitura no último dia 20 de novembro, eram 144 casos confirmados, 105 em isolamento e quarentena, dois com internação hospitalar, e um óbito com covid-19.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, os casos confirmados na região estão distribuídos da seguinte maneira:
Nova Friburgo – 4.269
Itaocara – 495
Cantagalo – 483
Cordeiro – 461
Carmo – 276
Bom Jardim – 231
Macuco – 136
São Sebastião do Alto – 104
Trajano de Moraes – 80
Duas Barras – 79
As 22.028 vítimas de Covid-19 no estado foram registradas nos seguintes municípios:
Nova Friburgo – 167
Itaocara – 33
Bom Jardim – 5
São Sebastião do Alto – 5
Carmo – 4
Cantagalo – 3
Duas Barras – 3
Macuco – 3
Cordeiro – 2