Câmara rejeita denúncia contra o prefeito de Cordeiro

Luciano Batatinha ficou surpreso, mas se diz tranquilo com sua consciência.
Luciano Batatinha ficou surpreso, mas se diz tranquilo com sua consciência.

Parecer Jurídico do Legislativo diz que pedido não tem fundamento

Dizendo viver um momento de grande apreensão, diante de todos os problemas enfrentados para manter ações contundentes e periódicas de contenção ao avanço do Corona Vírus no município de Cordeiro, o prefeito Luciano Batatinha revelou-se surpreso com a notícia de que a Câmara Municipal teria recebido uma denúncia sobre supostas irregularidades na contratação dos serviços de urgência e emergência do Hospital Antônio Castro, no início de sua administração, no ano de 2017.

Conforme relatos do denunciante – um munícipe que protocolou o documento alegando haver supostas infrações políticas e administrativas na assinatura do citado convênio de saúde – lidos durante a última sessão ordinária do Legislativo cordeirense, nesta quarta-feira, dia 20 de maio, o objetivo da denúncia era o afastamento temporário do prefeito e da secretária de Saúde para que houvesse a instalação de uma Comissão Processante (CP) e a consequente apuração das supostas irregularidades.

Entretanto, antes mesmo do início dos trabalhos, foi lido o Parecer Jurídico dado pela própria Casa de Leis. Nele, os advogados da Câmara Municipal apontam o seguinte: “A denúncia não faz o enquadramento da conduta narrada com a norma de regência, deixando de mostrar qual seria o dispositivo legal violado. Todavia, a denúncia deve, necessariamente, descrever os fatos e a adequação destes com a norma de uma forma mínima que permita ao denunciado o exercício da ampla defesa, o que não ocorre nas hipóteses dos autos. Fica evidenciada a ‘inépcia’ da peça acusatória”.

Assim sendo, após seu parecer prévio, o Departamento Jurídico da Câmara encaminhou a matéria para que esta fosse apreciada pela soberania do plenário, o que aconteceu com o presidente do Legislativo convocando seus pares para uma votação nominal, que selaria o recebimento ou não da denúncia. Ao final, pelo placar de oito votos contrários e apenas três votos a favor, a Câmara de Vereadores rejeitou a denúncia e, consequentemente, o pedido de abertura da Comissão Processante foi automaticamente arquivado, com os parlamentares entendendo como infundada e incabível a denúncia.

Confirmado o arquivamento da denúncia, alguns vereadores que votaram contra o pedido ocuparam a Tribuna Livre e foram unânimes em afirmar que o próprio Jurídico da Câmara alertou sobre a inconsistência da ação.

Fico indignada com uma denúncia inoportuna e infundada quando todos deveriam estar de mãos dadas”, disse Fabíola Bianchini. “Não vi nenhum fundamento. São serviços prestados à população”, garante Amilton Biti. “Seria irresponsabilidade acatar uma denúncia tão infundada e descabida. Precisamos de responsabilidade e não politicagem”, lembrou Jussara Barrada.

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