Cambucá corre risco de desaparecer

Há poucos exemplares em Cantagalo

Os biólogos do Projeto Cambucás, desenvolvido em Cantagalo, trabalham para a preservação da espécie, uma imponente árvore de copa arredondada, caule forte e nativa da Mata Atlântica. O desmatamento feito pelo homem colocou o fruto em risco de extinção. O longo tempo de produção faz com que o cambucá não seja uma fruta comercial, o que agrava o problema. Os primeiros frutos começam a aparecer entre 15 e 18 anos.

Um levantamento feito pela bióloga Fabiana Corrêa, coordenadora do Projeto Cambucás, mostrou que há oito exemplares da árvore em terrenos particulares, na zona rural do município, e em áreas próximas. Em uma fazenda da região, que é do século XIX, há apenas dois pés de cambucá.

A coordenadora do projeto conta que o objetivo é aumentar o número de árvores. “Uma das ideias do projeto é resgatar o cambucá presente nos quintais para que a gente tenha cada vez mais sítios, chácaras, o quintal da casa e fazendas com cambucá”, diz Fabiana.

O cambucá é da mesma família da jabuticaba. Há várias características em comum entre as duas frutas. Uma delas é o crescimento muito lento. Em áreas de mata fechada, a árvore do cambucá pode chegar a dez metros de altura, mas o tamanho fica um pouco menor em áreas de pomar.

Cada fruto tem uma semente e a germinação leva em torno de 40 a cem dias depois de plantada. Os primeiros frutos começam a aparecer entre 15 e 18 anos. Os frutos aparecem, geralmente, nos meses de dezembro e janeiro, mas alguns pés florescem mais tarde.

Comer o fruto, pouco conhecido, já se tornou um privilégio para quem tem a oportunidade de experimentar o cambucá. Além de saborosa, a fruta é muito importante para o equilíbrio ecológico. Segundo especialistas, muitas espécies se alimentam do cambucá.

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