Durante a visita, Bonduki esteve reunido com o prefeito Guga de Paula (PP) para falar do concurso e também saber um pouco mais sobre a usina de lixo, que tem sido modelo para vários estados. “Esse tipo de usina de lixo, tal qual a de Cantagalo, é que o Ministério do Meio Ambiente quer procurar incentivar a disseminação pelo Brasil inteiro. É um projeto barato, mas muito eficiente e que poderá resolver o problema do lixo na maior parte dos municípios”, destacou o secretário nacional, que fez questão de também visitar a usina em companhia do secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Chico Ismério. Também acompanharam a visita, depois estendida à fábrica da Lafarge no município, Silvano Silvério da Costa, do Ministério do Meio Ambiente; o diretor de Relações Institucionais da ABCP, Mário William Esper; e o gerente da Lafarge em Cantagalo, Marcelo Miranda.
Na visita à Lafarge, Bonduki disse que o projeto “vai subsidiar a discussão no âmbito de grupo técnico instituído para elaboração das diretrizes para a recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos”. Ele disse, ainda, que podem participar do concurso todos os municípios que contem com algum tipo de experiência sustentável, considerando Cantagalo, em parceria com a Lafarge, um grande candidato ao prêmio nacional.
De acordo com a ABCP, Cantagalo, que é responsável por cerca de 8% da produção nacional de cimento, tem uma enorme participação nos últimos resultados obtidos pela indústria cimenteira brasileira quando o quesito é coprocessamento. Em 2010, por exemplo – os números de 2011 ainda não foram fechados –, a indústria brasileira de cimento destruiu em seus fornos mais de 900 mil toneladas de resíduos. Isto leva em conta, também, que Cantagalo – não só a Lafarge, mas outras fábricas do polo, como Votorantim e Holcim –, também utilizam o coprocessamento para eliminar vários tipos de lixo e utilizar o processo como forma de combustível alternativo, como, por exemplo, a queima de pneus usados, que, depois de picados, além de gerar energia, ajuda a contribuir para a melhoria do meio ambiente, oferecendo destino adequado aos resíduos gerados por outros tipos de indústrias, além, agora, do lixo urbano.