Pelas contas das empresas, são cerca de 1,9 mil distritos rurais sem cobertura celular. Para atender a cada uma dessas localidades, que está distante da sede municipal, seria necessário instalar uma estação radiobase, cujo preço varia de R$ 500 mil a R$ 800 mil (dependendo da capacidade e do fabricante). Isso significa que a conta pode variar de R$ 950 milhões a R$ 1,5 bilhão.
No leilão reverso promovido governo do Espírito Santo, a Vivo ganhou a licitação oferecendo R$ 300 mil por distrito, o que pode cortar os custos para menos de R$ 600 milhões.
As empresas acreditam que, mesmo com as dificuldades fiscais enfrentadas pelo governo central, o ministro Paulo Bernardo tem força suficiente para concretizar o projeto no tempo certo. As alternativas são isenção do Fistel ou financiamento subsidiado, como havia acenado. Ou, ainda, engajamento dos governos estaduais, como crédito do ICMS, para a execução da medida.
Embora Bernardo Cabral esteja acenando com a possibilidade de jogar as obrigações de cobertura aos distritos não atendidos para o edital de venda da faixa de 700 Mhz, executivos das operadoras acreditam que o governo não quer adiar esse problema por muito tempo. O edital, na melhor das hipóteses, será lançado no primeiro semestre do próximo ano, com metas que começarão a ser cumpridas em 2015.