O Governo do Rio de Janeiro concedeu licença de operação da primeira termelétrica do Porto do Açu, no Norte Fluminense, a UTE GNA I. Operada pela GNA – Gás Natural Açu, que tem como acionistas as empresas Prumo Logística, bp e Siemens, a usina, prevista para operar comercialmente no primeiro semestre de 2021, possui capacidade instalada de 1.338 MW, o equivalente ao suprimento de mais de 6 milhões de residências. O encontro, que marcou a entrega do documento, aconteceu no Palácio Guanabara e contou com a presença do governador em exercício Cláudio Castro e dos secretários da Casa Civil, Nicola Miccione, e do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha; além de representantes do INEA e da GNA.
– Respeitando todas as regras e com bases em decisões técnicas, pedi agilidade nos processos de licenciamento, porque isso impacta na qualidade de vida das pessoas. Apenas a construção dessa termelétrica gerou mais de 11 mil empregos, além de abrir as portas para que outros grupos entendam que o Rio vai voltar a ser um local bom para investir – afirmou Claudio Castro, governador em exercício.
A UTE GNA I é parte do maior Parque Termelétrico da América Latina. O projeto inclui a implantação de duas usinas térmicas movidas a gás natural (GNA I e GNA II) que, em conjunto, alcançarão 3 GW de capacidade instalada. Juntas, as duas térmicas irão gerar energia suficiente para atender cerca de 14 milhões de residências. Além disso, o projeto
compreende um Terminal de Regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito), de 21 milhões de metros cúbicos/dia. O investimento total é de cerca de R$ 10 bilhões.
A localização estratégica do Porto do Açu possibilita ainda a criação de um hub de gás, elevando a capacidade de desenvolvimento econômico do Estado do Rio.
– Esse empreendimento destaca a importância de aliar desenvolvimento econômico e sustentável. Um projeto que além da geração do emprego e fomento à economia, irá garantir também segurança energética para todo o país – explicou o secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
A licença
Para gerar menos impacto ambiental, a licença prevê que 100% da operação da usina seja feita a partir da dessalinização de água do mar. Além disso, estão em execução programas de monitoramento com o objetivo de acompanhar as condições ambientais, como emissões atmosféricas e a qualidade do ar e da fauna. Em relação à vegetação, já foi recuperada, como forma de compensação, uma área de 4,47 hectares de restinga.
A GNA possui, ainda, licença ambiental para dobrar a capacidade instalada do parque termelétrico, podendo chegar a 6,4 GW, o que permitirá o desenvolvimento de projetos no futuro.
– Estamos muito felizes com a obtenção da licença de operação do nosso primeiro projeto. Por conta da pandemia, as obras foram suspensas quando tínhamos mais de 5 mil trabalhadores e conseguimos retomar com muita responsabilidade, segurança e sem acidentes – o que é um marco para o setor. Agradecemos todo o apoio do Governo, que entende a importância do nosso empreendimento para o desenvolvimento econômico do Estado. E estamos ansiosos para 2021, quando iniciaremos as obras da GNA II, que vai empregar também mais de 5 mil pessoas – destacou Guilherme Pentea, diretor de Sustentabilidade da GNA.