Com obras na delegacia, Aciacan cede sala para funcionamento do DPO

Segundo Bezerra, como é mais conhecido, a sala foi cedida gratuitamente pela Aciacan. “Temos que agradecer muito ao presidente da entidade, Ubiratan França, que entendeu nossa dificuldade”, destacou. Segundo ele, a estimativa é de que o DPO funcione por pouco tempo na Aciacan. “É só enquanto aguardamos os trâmites burocráticos do Estado, que alugará um local para funcionamento do DPO enquanto o prédio da delegacia estiver em obra”, disse.

Membro nato do Conselho Comunitário de Segurança de Cantagalo (CCS), tenente Bezerra disse que o DPO conta com apenas quatro policiais militares, dos quais um fica no expediente, um no plantão e dois em rondas externas. “Quando necessário, solicitamos reforço e, rapidamente, passamos a contar com o efetivo necessário às nossas necessidades”, explicou.

Para o comandante, o índice de criminalidade no município caiu consideravelmente após a implantação do CCS. Ele credita o sucesso das ações à união dos representantes de vários segmentos em torno do conselho, que tem participado com denúncias anônimas ou não através do telefone 190. “Além disso, as polícias militar e civil deram respostas rápidas aos furtos e roubos que vinham acontecendo na cidade em 2009, prendendo os responsáveis pelas ações, que eram pessoas de fora da cidade, assim como repressão ao tráfico de drogas”, disse.

O presidente da Aciacan, Ubiratan França, o Bira, como é conhecido, informou ao JR que a cessão da sala é parte das ações de parceria que vêm sendo implantadas através de várias instituições em torno do CCS, que tem proporcionado excelentes resultados na diminuição de crimes. “Cedemos a sala porque entendemos que o policiamento, principalmente o preventivo, não se faz apenas com a polícia, mas com o envolvimento de todos, da sociedade de maneira geral. Se a sociedade não se envolver, de nada adianta. A segurança pública somos todos nós”, destacou Bira, que ainda é vice-presidente do CCS. Ele afirmou que, ano passado, a Aciacan doou um microcomputador ao DPO de Cantagalo, o que também contribuiu para os trabalhos administrativos do órgão.

Bira lembrou que o CCS surgiu a partir de uma situação provocada pela própria Aciacan. “Em 2009, a Aciacan mobilizou a comunidade e comerciantes e fez um protesto pacífico no Centro da cidade, cobrando maior participação das polícias Militar e Civil na repressão e investigação dos vários casos de furtos e arrombamentos que vinham ocorrendo com frequência em residências e no comércio. A mobilização deu tão certo que, pouco depois, foi organizada, na Câmara Municipal, uma audiência pública para se discutir a questão da segurança pública no município, quando estiveram reunidas autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além da comunidade, representantes das polícias Civil e Militar e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A criação do Conselho Comunitário de Segurança foi proposta nesse evento, como forma de levar a comunidade a se envolver, a denunciar e ajudar a proteger a cidade e punir os que andarem fora dos padrões legais”, contou ao JORNAL DA REGIÃO.

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