Como surgiu o Dia do Trabalho

A Revolução Industrial de 1776 foi um acontecimento que mudou o sentido da palavra “trabalho”. Até então, os trabalhadores eram, na sua maioria, agricultores, comerciantes ou artesãos. Mas, agora, muitos estavam deixando esse tipo de atividade para se tornarem funcionários de indústrias capitalistas.

O que no início pareceu um bom negócio, começou a dar sinais de fracasso. As condições de trabalho ainda eram muito difíceis em 1886, cem anos depois da revolução. A classe dos assalariados não era organizada e os patrões não reconheciam os direitos trabalhistas. Os salários eram baixos e a população vivia em péssimas condições.

Enquanto a França, a Inglaterra e a Alemanha haviam reconhecido os direitos do trabalhador, os Estados Unidos ainda teimavam em desrespeitar as leis trabalhistas. Por isso, houve muitos protestos da população.

Em 1º de maio de 1886, uma bomba explodiu durante um confronto entre grevistas e polícia. Quatro manifestantes e três policiais morreram. Oito líderes do movimento foram presos e a corte condenou sete deles à morte e um à prisão perpétua.

Até o início da Era Vargas (1930-1945), certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, embora não constituíssem um grupo político forte, dado a pouca industrialização. Esta movimentação operária tinha se caracterizado, em um primeiro momento, por possuir influências do anarquismo e, mais tarde, do comunismo, mas, com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo.

Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas socioeconômicas do país. Na maioria dos países industrializados, o 1º de maio é o Dia do Trabalho. Comemorada desde o final do século XIX, a data é uma homenagem aos oito líderes trabalhistas estadunidenses que morreram enforcados em Chicago, em 1886. Eles foram presos e julgados sumariamente por dirigirem manifestações que tiveram início justamente no dia 1º de maio daquele ano. No Brasil, a data é comemorada desde 1895 e virou feriado nacional em setembro de 1925 por um decreto do presidente Artur Bernardes.

Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar, neste dia, o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao Dia do Trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1º de maio de 1943.

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