Construção civil gera mais de 40 mil empregos em um ano e desemprego fica em apenas 4%

Obras de infraestrutura do Estado aquecem setor e modificam mercado de trabalho

As obras de infraestrutura que o Governo do Estado realiza para receber importantes eventos deixarão um legado para a população, mas seus resultados imediatos estão modificando a realidade do mercado de trabalho fluminense, com o aumento de postos de emprego no setor da construção civil. Do início de 2011 até fevereiro deste ano, 44.069 empregados foram contratados na área, segundo pesquisa do Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil).

– O Rio de Janeiro está quase atingindo o pleno emprego, com um nível de desemprego de 4%. Isso exige investimentos em mão de obra. Com a Copa e as Olimpíadas, o Rio de Janeiro passa por uma revolução no seu perfil por conta das obras de infraestrutura, que modificam definitivamente a condição do emprego e da renda – afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno.

Na capital, que registrou a criação de 6.113 vagas de trabalho apenas este ano, obras como as do Maracanã, da Cidade da Polícia, na Zona Norte, e do Centro Integrado de Comando e Controle, na Praça XI, ajudam a alavancar o setor.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o estado do Rio de Janeiro apresentou um dos melhores resultados do Brasil.

– No mês de fevereiro, foram abertos, no estado do Rio, 28% dos postos de trabalho gerados pela construção civil em todo o País – disse o diretor-executivo do Sindicato da Indústria da Construção Civil, Antônio Carlos Gomes.

O ensino profissionalizante também ajuda a impulsionar o mercado da construção civil. No Rio de Janeiro, a Secretaria de Ciência e Tecnologia oferece, este ano, mais de 22 mil vagas para qualificações na área através da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), além dos cursos disponíveis nos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs).

– Estamos ampliando a oferta de vagas e mostrando para as empresas que esses alunos já podem sair dos cursos empregados, trabalhando em obras importantes, como as da Copa do Mundo. Queremos acabar com o apagão da mão de obra no setor – disse o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso.

A expectativa é de que, com a aceleração das obras de preparação do Rio de Janeiro para eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, esses resultados ainda poderão ser mais positivos até o ano que vem.

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