Criança brasileira de 9 anos já tem bolsa universitária

Criança brasileira de 9 anos já tem bolsa universitária
Criança brasileira de 9 anos já tem bolsa universitária
Live com o neurocientista Fabiano de Abreu, Bruna Büchele, mãe da pequena Laura Büchele, de 9 anos
Live com o neurocientista Fabiano de Abreu, Bruna Büchele, mãe da pequena Laura Büchele, de 9 anos

Esclarecedora e surpreendente são as palavras que definem a live com o neurocientista Fabiano de Abreu, Bruna Büchele, mãe da pequena Laura Büchele, de 9 anos, considerada uma das crianças mais inteligentes do mundo e que também participou da Live. O encontro virtual, que aconteceu no dia 17 de dezembro, alcançou cerca de 300 pessoas simultaneamente por quase duas horas de bate-papo.

A criança, que hoje mora com a família nos Estados Unidos, foi aprovada na associação de pessoas mais inteligentes do mundo, Mensa, com percentil acima de 99 – uma classificação considerada altíssima, especialmente na idade dela. Na conversa, Fabiano de Abreu, que também tem o QI percentil acima de 99 e é membro da mesma associação, com sede da Inglaterra, destacou pontos sobre a vida e perspectivas da educação da criança superdotada.

A mãe e filha contaram alguns detalhes sobre a descoberta da superdotação da criança, e revelaram alguns casos interessantes, como quando Laura começou a aprender, de forma autodidata, a tocar piano. “A música ficou na minha cabeça. Então, eu apertava as teclas do piano para descobrir quais sons produziam, e daí eu descobri como tocar aquela música. Foi fácil”, surpreendeu a criança.

Durante a conversa, Fabiano esclareceu alguns pontos que explicam a funcionalidade do cérebro de um superdotado. “Existem oito tipos de inteligência: lógica, que é a capacidade de usar o raciocínio dedutivo e de cálculos. Linguística, que é o emprego de palavras de maneira oral ou escrita afetiva, facilidade de aprender idiomas, escrever e ler. Espacial, habilidade de pensar em três dimensões, projetar imagens com a mente modificando-as, decodificando-as ou produzindo-as. Musical, que é a sensibilidade em perceber sons, música, transformá-las, defini-las e interpretá-las. Corporal, que utiliza o corpo para expressar ideias e sentimentos. Interpessoal, que é a capacidade de sentir empatia com as pessoas, com compreensão de expressões faciais, voz, gestos, postura, etc. Intrapessoal, que é a construção de avaliação própria com exatidão e a reflexão, autocompreensão e autoestima. Naturalista, que é a inteligência de classificar, diferenciar e utilizar o meio ambiente”, definiu.

Fabiano esclareceu alguns pontos que explicam a funcionalidade do cérebro de um superdotado
Fabiano esclareceu alguns pontos que explicam a funcionalidade do cérebro de um superdotado

Em seus estudos com a neurociência e neuropsicologia, o cientista definiu mais um tipo de inteligência. “Inteligência DWRI, sigla de Developement of Wide regions of intellectual interference em inglês, e em português significa Amplas regiões de interferência intelectual desenvolvidas”, comentou.

A Laura tem uma inteligência DWRI já que não apresenta autismo nem nenhuma variável que pode acontecer em algumas crianças de alto QI. Leio muitos erros em publicações na imprensa e desinformação na rede social sobre isso. Dizer que todo autista tem alto QI ou que todo alto QI é autista está errado, também está errado em dizer que a maioria é. Na realidade, a maioria dos autistas tem uma inteligência deficitária e um QI abaixo da média. Com exceção dos que têm síndrome de Savant. Li uma notícia num grande portal certa vez que dizia que a ativista Gretta Thunberg era inteligente pois tinha síndrome de Asperger, que é um autismo, é uma notícia errada já que nesses casos há déficit cognitivo que é uma inteligência. Há quem tenha alto QI e inteligência determinada, com alta lógica e déficit cognitivo ou variável cognitiva e há casos como o da Laura, que desempenha bem todas as inteligências a partir de uma priori.

Outro ponto abordado no bate-papo foi a importância dos pais incentivaram as habilidades dos filhos e permitirem que eles exercitem o cérebro com coisas produtivas.

Nunca forcei minha filha a nada. Sempre dou opções e tento dar as oportunidades para que ela possa crescer e aprender. Certa vez, comprei um livro do Harry Potter. Ela leu em dois dias e pediu que eu comprasse os outros. Assim eu fiz. Agora ela pediu para aprender francês, e eu a coloquei na aula. Forneço as ferramentas e a deixo ser criança”, contou Bruna.

Fabiano de Abreu destacou que é fundamental esse tipo de incentivo para a formação cognitiva.

Aprendemos desde criança que temos que ser inteligentes e que precisamos tirar boas notas. Mas uma coisa não tem relação com a outra, assim como QI alto não é sinônimo de inteligência global. É preciso estímulo e desenvolvimento”, concluiu o pesquisador, que, ao vivo, prometeu apoiar a menina em seus estudos até a universidade. “Há leis nos países desenvolvidos com privilégios para esses casos, inclusive, encurtar os estudos e conseguir “entradas” diretas. Como por exemplo, entrar na faculdade mais cedo, completar a graduação, mestrado e doutorado de forma bem mais rápida.

Os participantes também colaboraram com a live enviando perguntas e dando opiniões. Dada a intensa participação, Fabiano e Bruna decidiram fazer um novo bate papo, ainda sem data definida, para falar sobre o cotidiano de Laura, a rotina de estudos e ferramentas fornecidas pela mãe para a preparação da pequena.

O neurocientista, neuropsicólogo e psicanalista Fabiano de Abreu, atende pais de crianças com superdotação num processo que ele chama de consultoria e não sessão já que, em apenas uma hora, fornece as diretrizes necessárias para melhor educar um filho superdotado. O cientista tem diversos artigos publicados sobre inteligência, é precursor nos estudos sobre inteligência e internet com artigo científico aprovado pelo comitê científico internacional. Também analisou e definiu a inteligência DWRI que determina variáveis nos níveis de inteligência. É membro da Mensa, associação de pessoas de alto QI , atingiu 100 de percentil no teste Raven e 99 no WAIS III, considerado potência máxima nesses testes de QI e é membro da Federação Européia de Neurociência.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

COMPARTILHE

Share on facebook
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email