D. Pedro II está enterrado com terras de Cantagalo

Terras foram da Fazenda do Gavião

O engenheiro Diogo Campbel, logo após a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, quando ia para Paris, França, levou uma pequena quantidade de terra retirada da Fazenda do Gavião, em Cantagalo, que, na época, era de propriedade de Bernardo Clemente Pinto Sobrinho e de sua mãe, Ambrosina Campbel. A terra levada por Diogo Campbel destinava-se a uma análise química naquele país.

Naquela época, morre D. Pedro II, num modesto quarto de hotel em Paris, depois de 17 anos de viuvez e exílio. Estando o engenheiro Diogo Campbel em Paris e sabendo do desejo do imperador do Brasil, D. Pedro II, de repousar seu “derradeiro sono num travesseiro de terra brasileira”, resolveu oferecer à princesa Isabel a terra levada por ele do Brasil.

Já a mãe do engenheiro Diogo, Ambrosina Campbel, condessa de Nova Friburgo, confeccionou com seda branca, comprada nos armazéns do Louvre, um pequeno saco no qual colocou a terra cantagalense e bordou estes dizeres: “Terra da Fazenda do Gavião, em Cantagalo, Estado do Rio, Brasil”.

O pequeno saco foi enviado à princesa Isabel e ela própria levantou a cabeça branca de seu pai, já no caixão mortuário, colocando a delicada homenagem. D. Pedro II foi sepultado entre os reis de Portugal, pois o corpo do ex-monarca só pôde voltar ao Brasil quando foi revogada a Lei de Banimento, em 1920. O corpo dele voltou embalsamado e repousa hoje na Catedral de Petrópolis, ao lado da imperatriz, dona Tereza Cristina Maria.

Esses fatos estão em documentos e informações dados pelo poeta Adalto Machado, colhidos junto ao arquivo da poetisa Amélia Thomaz.

No livro de Laurentino Gomes, ‘1889’, na página 160, consta um registro do “enterro de Pedro II em Lisboa: no caixão, um travesseiro com terra do Brasil. O cantagalense, poeta e trovador Adalto Marques Machado garante que “essas terras foram levadas da Fazenda do Gavião, em Cantagalo, por um botânico francês que as entregou à princesa Isabel, quando da morte de D. Pedro II”.

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