Defesa Civil reconhece áreas de risco e aponta ações para diminuir o perigo

Em resposta, a Defesa Civil de Cantagalo informou que a solução em infraestrutura é cara e inviável. Além disso, pessoas convivem com áreas de risco por todo o mundo, e, portanto, não há razão para pânico. Para reduzir os riscos, a secretaria está pondo em prática várias ações propostas para alertar os moradores o mais rápido possível nos momentos de mais risco, ou seja, quando há grandes volumes de chuva.

Confira a nota de esclarecimento divulgada pela Defesa Civil: “Em relação à excelente matéria do JORNAL DA REGIÃO (edição nº 1.209, de 23 de janeiro) sobre áreas de risco geológico em Cantagalo, a Defesa Civil Municipal esclarece que recebeu o relatório do DRM elaborado em 2012, onde o município aparece com 68 áreas de risco e um total de 1.956 moradores em 490 moradias ocupadas. Com 18 áreas de menor risco (risco potencial), mas com um total de 452 moradores que não aparecem no relatório ao qual o JR teve acesso.

As obras para deixar esses locais em condições ideais são estimadas em R$ 20 milhões, inviáveis com recursos próprios municipais, já que todo o orçamento estimado para 2013 é de R$ 70 milhões.

A Defesa Civil está adotando providências para minimizar esses riscos e, principalmente, ampliando o sistema de alerta e alarme para que as pessoas possam buscar um local seguro, caso o risco de escorregamento seja ampliado por fatores como chuvas. O monitoramento pluviométrico é feito tanto dos registros em diversos pluviômetros instalados na cidade (o que já choveu) quanto com as previsões mais atualizadas (o que pode chover nas próximas horas) e, utilizando modernos estudos de geologia, é possível expedir um alerta com bastante segurança, com cerca de 6 horas de antecedência.

Pessoas em todo o mundo, mesmo em países desenvolvidos, convivem em áreas de risco. A Suíça, por exemplo, convive com riscos de avalanches de neve que podem soterrar cidades inteiras. O que se adota são sistemas de alerta e alarme e planos de evacuação dessas áreas para que moradores saiam na hora certa e retornem quando não há mais risco.

As pessoas em áreas de risco de Cantagalo poderão permanecer em suas moradias a maior parte do ano, quando os índices pluviométricos são baixos. Devendo, no entanto, estarem atentas aos alertas da Defesa Civil nos períodos mais críticos (meses de novembro a março).

A Diretoria de Defesa Civil da SMDCT está iniciando as seguintes ações para minimizar este cenário: 1 – Programa de visitas a todas as comunidades para: a) Cadastramento de todos os moradores de cada uma das residências indicadas no relatório do DRM; b) Identificação e cadastramento de líderes que receberão alertas precoces quando da iminência de eventos adversos; c) Visitas de Informação para todos os moradores em área de risco; d) Ampliação do sistema de alerta e alarme por sirenes para todos os bairros com mais de 10 moradias em área de risco (atualmente só existe no bairro São José, com 175 moradias nesta condição); e) Simulados de Alerta e Alarme nas comunidades em risco; f) Projetos de obras indicadas no relatório do DRM, para busca de recursos em outras esferas de governo para erradicação dos riscos ou remoção dos moradores; g) Contato com as operadoras de telefonia móvel para implantação de sistema de alerta por SMS.”

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