Desde o final do ano passado, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu favoravelmente sobre a saída da Votorantim da sociedade com o Grupo RV Empreendimentos Ltda., holding que controla a Mizu Cimentos, Maré Concreto e a Polimix. A decisão do conselho, na prática, autorizou a Votorantim Cimentos a vender todo o controle acionário para a ex-sócia minoritária, selando o fim da união.
A Votorantim, através da Silcar, era dona de 51% das ações da RV e devido um TCD (Termo de Compromisso de Desempenho) celebrado entre as cimenteiras e o Cade em 30 de julho de 2008, vigente até 2013, a Votorantim não interferia no comando das empresas, mesmo tendo a maior parte do capital da sociedade. A presidência da sociedade e o comando total das companhias, como constatado pelo Cade, sempre foi da Mizu.
Em nota técnica anexada ao pedido ao Cade, a Silcar informou que a operação foi “uma oportunidade em linha com os projetos da empresa de realocar seus investimentos concentrando-os em operações de cimento e concreto de controle do grupo, vez que a holding não detinha o controle das sociedades de cimento e concreto envolvidas na operação.”
A Mizu já conta com seis plantas produzindo cimento no Brasil, com uma capacidade instalada somada de 8,4 milhões de toneladas/ano, sendo a quinta maior cimenteira do país.
O mercado brasileiro de cimento mudou radicalmente nos últimos dez anos. Em 2006, disputavam o mercado 20 marcas, produzidas em 57 plantas. Atualmente, disputam o mercado 33 marcas, produzidas em 98 plantas pertencentes a 24 grupos.