Segundo a Cedae, problema é defeito numa bomba no bairro Campo Belo
Uma pane no sistema de abastecimento de uma adutora da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), no bairro Campo Belo, deixou grande parte de Bom Jardim vários dias sem água. O desabastecimento ocorre desde o dia 15, justamente no feriado prolongado da Proclamação da República.
Em busca de solução para o problema, vários moradores entraram em contato telefônico ou pessoalmente com o escritório da Cedae no município, enquanto outros mandaram e-mails para a sede da empresa. Mas os atendentes respondiam que havia ocorrido um defeito na bomba de recalque de Campo Belo e que não havia previsão para o conserto. A adutora abastece diversos bairros, incluindo o Centro da cidade e comunidades periféricas, como Jardim Ornellas, Bem-te-vi, São Miguel, Maravilha, Alves, Mundo Novo, o próprio Campo Belo e outros, a maioria situada em partes altas, onde a água só chega impulsionada por bombas. Segundo alguns moradores, os técnicos e funcionários da Cedae haviam rumado para o local, onde constataram a quebra do equipamento.
Entretanto, o conserto não pode ser efetuado de forma satisfatória por falta de peças de reposição, que precisam ser enviadas do Rio de Janeiro para Bom Jardim. Enquanto as peças não chegam, a população destes bairros permanece desabastecida, sem água para beber, cozinhar, lavar roupas e outras necessidades diárias, como asseio pessoal e limpeza doméstica.
Muitos moradores estão se virando como podem, contratando carros-pipa, conseguindo água com vizinhos que têm cisternas ou comprando água mineral. Alguns comerciantes e prestadores de serviço tiveram seus negócios prejudicados pela falta do líquido, reclamando que a conta chega sempre em dia e que eventuais atrasos são punidos com multas, juros e ameaças de corte no fornecimento.
A desculpa quase sempre é a mesma: quebras ou defeitos nos equipamentos de captação e distribuição. Esses equipamentos da Cedae, segundo foi apurado, são antigos, trabalham ininterruptamente e vivem dando defeito, recebendo, por isso, constantes reparos. A empresa não realiza manutenção preventiva, não tem peças de reposição em estoque, nem bombas reservas para operar em sistema de revezamento, como ocorre em municípios onde a distribuição é privatizada. Por isso, as soluções dadas pela empresa são paliativas e a população é obrigada a conviver por anos a fio com este problema recorrente.