Faturamento da indústria fluminense recua 1% em maio

Apesar da queda nas vendas, estudo aponta surgimento de mil novos postos de trabalho

O faturamento da indústria fluminense registrou, em maio, queda de 1% na comparação com abril. Nos primeiros cinco meses do ano, o balanço também foi de retração: – 1,8% em relação ao mesmo período de 2011, efeito da crise econômica internacional. Os dados são do estudo Indicadores Industriais, que o Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) divulga esta semana.

Apesar da retração das vendas reais da indústria, os indicadores que medem o ritmo da atividade do setor avançaram. É o caso do indicador Pessoal Ocupado, que apresentou suave alta de 0,23%, representando a criação de mil novos postos de trabalho nas indústrias do estado no mês de maio.

As maiores altas de Pessoal Ocupado foram observadas nos setores de Vestuário (+ 1,53%), Borracha e plástico (+ 1,35%), Edição e impressão (+ 0,91%) e Máquinas e equipamentos (+ 0,91%), por conta da perspectiva de aumento no volume de encomendas. Em comparação com maio do ano passado, o indicador de Pessoal Ocupado também registrou alta (+ 2,16%), mesmo movimento verificado nos primeiros cinco meses do ano frente ao mesmo período do ano passado, com crescimento de 2,4%.

A massa salarial também registrou incremento no período: alta de 1,7% em relação a abril, crescimento de 4,4% frente a maio do ano passado e aumento de 6,2% no acumulado do ano, de janeiro a maio. Máquinas, aparelhos e material elétrico (+ 39,33%), veículos automotores (+ 19,98%), vestuário (+ 14,86%), outros equipamentos de transporte (+ 13,58%), máquinas e equipamentos (+ 12,12%), papel e celulose (+ 11,25%) e edição e impressão (+ 11,03%) sobressaíram-se pela alta observada nos primeiros cinco meses deste ano.

O total de horas trabalhadas na produção industrial aumentou 1,2% em maio, na comparação com abril, e 1,5% no acumulado do ano. Em relação a maio de 2011, o panorama foi de estabilidade, apesar do menor número de dias trabalhados. Em linha com esses resultados, a utilização da capacidade instalada avançou 0,7 pontos percentuais frente a abril, subindo de 80,85% para 81,95%, em maio.

Embora a retração do faturamento da indústria fluminense nos primeiros cinco meses do ano reflita os efeitos negativos da conjuntura macroeconômica internacional, a alta apresentada nos indicadores que medem o ritmo da atividade revela que os industriais estão com perspectivas positivas frente à redução dos juros e aos incentivos fiscais, que devem atenuar os efeitos negativos da crise externa sobre a economia brasileira no segundo semestre.

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