A greve nacional dos caminhoneiros, deflagrada dia 1º de julho, começa a provocar os primeiros efeitos em Nova Friburgo. O bloqueio de diversas estradas brasileiras tem causado pequenos atrasos na chegada e entrega de produtos, sem ainda comprometer o desabastecimento em setores vitais da economia friburguense.
Empresários friburguenses estão preocupados com a hipótese das manifestações se prolongarem, o que, segundo eles, poderá afetar drasticamente a entrega de produtos essenciais, principalmente alimentos de primeira necessidade, cuja origem está em regiões mais distantes do país.
Empresas de transporte terceirizado que abastecem as principais lojas de departamentos de Nova Friburgo informaram que, por enquanto, a entrega de produtos nas lojas e diretamente aos consumidores não foi afetada porque não há nenhuma barreira dos manifestantes entre os depósitos localizados no Rio e na Baixada Fluminense e que atendem ao Centro-Norte Fluminense.
A mesma situação pode ser verificada em relação ao abastecimento de combustíveis nos postos da região. Por enquanto, não há problemas de retirada de gasolina e óleo diesel na Baixada Fluminense para o abastecimento em Nova Friburgo e região, mas a questão pode mudar.
Existe uma preocupação com a possibilidade de eventual bloqueio de rodovias federais no entorno do Rio, o que afetaria diretamente o transporte de produtos para a Região Serrana, onde os postos de combustíveis, por não terem grande capacidade de armazenamento, são abastecidos várias vezes durante a semana. Vale destacar que o transporte do cimento ainda não foi prejudicado.
Já no setor de hortifrutigranjeiros, o empresário Wender Brandão, proprietário do Supermercado Grimião, em Cantagalo, apesar de reconhecer a greve como legítima, admite que as mercadorias estão chegando com até dois dias de atraso, e que, por isso, tem improvisado para contornar a situação.