Em 2013, as exportações do segmento de joias e bijuterias no estado do Rio de Janeiro foram de US$ 73,6 milhões. Ainda que represente uma redução de 9,5% frente ao ano anterior, o estado do Rio ampliou sua participação no total de exportações brasileiras do setor – 51,9%. O principal destaque em termos de produto é a Joalheira de Ouro: no país como um todo foram exportados US$ 62,3 milhões, dos quais o estado do Rio de Janeiro respondeu por US$ 50,7 milhões (81%).
Os dados estão no estudo Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil – Joias, Bijuterias e Afins, produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A pesquisa traz um levantamento completo, com dados de 2008 a 2012, sobre toda a cadeia produtiva de joias, bijuterias e afins, que vão desde a extração, fabricação, comércios atacadista e varejista, serviços relacionados até exportações.
Segundo a especialista em Joias do Senai Moda Design, Eliana Rossi, a presença de marcas âncoras e os incentivos fiscais são o diferencial do estado. “A redução de 12% para 5% no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ajudou na redução da informalidade. Já o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre a cadeia de joias é de 12%, o setor tem pleiteado a mesma redução do ICMS (5%)”, disse.
De acordo com o levantamento, há 132 empresas especializadas na fabricação de joias, bijuterias e afins instaladas no estado do Rio de Janeiro. Elas empregam 2.104 trabalhadores. Entre 2008 e 2012, houve um aumento de 56,5% de empregados no setor.
O estudo mostra, ainda, que 31,2% de toda a venda de joias no Brasil, incluindo os comércios varejista e atacadista, é realizada pelo Rio, e conta com mais de 12 mil empregados e 2.646 estabelecimentos. O Brasil, em 2013, exportou US$ 141 milhões, com destaque para as peças feitas em metais preciosos.
O SETOR: O setor de joias integra a cadeia produtiva das indústrias criativas, inserido na cadeia da moda. Os produtos oriundos desse setor são reconhecidos pelo seu alto valor agregado, e pela geração de desejo, significado e experiência em seus consumidores.
São, portanto, bens da economia criativa, que têm, no conteúdo simbólico, seu principal valor agregado.
As indústrias criativas produzem os bens e serviços dessa economia, que geraram, em 2011, PIB de R$ 110 bilhões, ou 2,7% do que é produzido no Brasil, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em 2012.
A conexão direta com a moda, assim como o apelo da Marca Rio como destino turístico, e a vocação da cidade para o design, reconhecido nacional e internacionalmente, atraem e justificam a presença das grandes marcas no setor joalheiro. A apropriação da criatividade nesse setor se reflete na utilização de novos materiais na fabricação de bijuterias, como borracha, plástico e latão, além do investimento forte em souvenirs.