Indústria do Cimento desenvolve planos de contingência para a minimização de impactos na cadeia produtora

Fábrica de Cimento
Fábrica de Cimento

A indústria do cimento fechou 2019 com um crescimento de 3,5%, depois de quatro anos consecutivos de retração, 2015 a 2018. Este aumento se deu em comparação ao fraco ano de 2018, o pior volume de vendas da série histórica de quatro anos de queda. O cenário projetado para 2020, até março, era promissor.

Indicadores macroeconômicos, o movimento do setor imobiliário, em expansão em diversas regiões do país, e o aumento da massa salarial davam sinais de que a tendência de crescimento se manteria, permitindo assim uma projeção do SNIC acima de 3% no consumo para este ano. Neste aspecto, importante ressaltar que em razão do efeito da pandemia, se verificou a desmobilização, o distanciamento social e de fortes medidas de restrição de comercialização de materiais de construção por parte dos estados, afetando o desenvolvimento da atividade da construção civil e consequentemente a indústria do cimento. Ademais faz-se crucial que as medidas de oferta de crédito realizadas pelo Ministério da Economia cheguem àqueles cuja demanda é emergencial. O que se verifica é que a concessão do crédito pelos agentes financeiros está com taxas e exigências descabidas para o momento.

Com isso, os recursos não chegam a quem dele necessita, agravando o problema de escassez de crédito (historicamente uma realidade no Brasil). É fundamental que a política estruturada com a finalidade de levar liquidez à economia seja consumada, sob pena de causar irremediáveis danos a atividade do cimento e a sua cadeia produtiva, causando incapacidade de recuperação e fechamento de empresas, como fornecedores de insumos, varejistas e distribuidores de cimento. Esta liquidez é fundamental para manter a saúde da economia brasileira.

Do ponto de vista do setor, prevendo uma queda ainda mais acentuada para os próximos meses, a Indústria do Cimento tem estudado e desenvolve planos de contingência para a minimização de impactos na cadeia produtora.

São elas:

  • Aumento e incremento nas orientações preventivas e nos treinamentos de cuidados sanitários, saúde e bem estar dos trabalhadores e seus familiares;
  • Ampliação das ações de comunicação dirigida a todos os integrantes da cadeia produtiva da indústria do cimento com foco na prevenção sanitária do coronavírus;
  • Antecipação da manutenção preventiva para o período de combate ao coronavírus, o que vai permitir uma retomada ainda mais forte, pós crise;
  • Manutenção dos postos de trabalho, implementando as medidas adotadas pelo Governo, férias coletivas e banco de horas, entre outras alternativas;
  • Aceleração de programas de inovação, qualidade e produtividade da indústria do cimento, com ênfase em combustíveis alternativos e coprocessamento.

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