Dos 15 municípios fluminenses que integram o Fórum de Gestores de Cultura da Região Serrana do Estado, dez participaram do encontro realizado em Cantagalo, na sede da Secretaria Municipal de Cultura, no dia 29 de outubro. Estiveram presentes: Cantagalo, Cordeiro, Bom Jardim, Carmo, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu, Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena, Macuco e Teresópolis.
Em Cantagalo, o encontro, que promove a integração da região e discute a criação e as ações do Plano Estadual de Cultura, foi apenas mais uma das etapas, já que a proposta é uma reunião a cada mês em cada um dos municípios integrantes. O objetivo, segundo a secretária interina de Cultura de Cantagalo, Ana Paula Giron, que recepcionou e abriu os trabalhos, é integrar culturalmente toda a Região Serrana.
Durante o encontro de cultura, pelo menos dois assuntos dominaram a pauta de discussões. Um deles se refere a uma audiência que será marcada com a ministra da Cultura, Marta Suplicy. Os municípios participantes alegam que o ministério pouco tem feito para dar apoio às manifestações culturais das regiões Serrana e Centro-Norte Fluminense. “Desde a tragédia climática ocorrida em janeiro de 2011, o Ministério da Cultura é o único que nada fez por nós até hoje”, reclamaram alguns durante o evento, que também contou com almoço, servido na própria secretaria, além de distribuição de brindes ofertados pelos artesãos cantagalenses.
Outro tema dominante foi o projeto ‘Circulares’, o Circuito de Integração Cultural e Artística da Região Serrana, aprovado em 2012 pelo Ministério da Cultura e que prevê investimento financeiro para movimentar as ações culturais da região, que funcionariam em sistema de integração e intercâmbio entre as cidades participantes do fórum regional do setor.
Discutido em 2011 e com orçamento previsto de R$ 5 milhões, o projeto ‘Circulares’ não passou de boa intenção do Ministério da Cultura, o que está levando os gestores culturais da região a pleitearem uma audiência urgente com a ministra Marta Suplicy, já que a previsão de aplicação desses recursos termina no final deste ano.
Para receber essa “caravana”, cada cidade, além de seus próprios investimentos, receberia uma espécie de kit contendo lonas, som, palco, iluminação e cadeiras para montagem. O projeto também visa a contratação de mão de obra local para viabilizar a execução, além de cachês pagos aos grupos que se apresentarem. Cada município também poderia indicar atividades para circulação conforme sua população, sendo um mínimo de 15 atividades e um máximo de 45, totalizando, ao final de seis meses de execução do projeto, 90 eventos, com 630 espetáculos apresentados.
– Aproximar culturalmente os municípios da Região Serrana; propiciar à população o acesso às ricas produções culturais disponíveis nos municípios, mas ainda não conhecidos regionalmente; e incentivar a produção cultural local. Essas são algumas das metas da união desses municípios – explicou Ana Paula Giron.